Carlos Cogo, consultor em agronegócio, explicou que vários fatores contribuem para alta no mercado do milho. Primeiramente, há uma redução de 8% na área plantada na primeira safra de milho de 2024 devido à baixa rentabilidade em comparação com a soja, que apresenta melhores índices. Além disso, a segunda safra também sofre uma redução de 4%, motivada não apenas pela rentabilidade, mas também pelo aumento nos preços da ureia, um importante fertilizante.
Ele destaca ainda o risco climático e a forte demanda internacional pelo milho brasileiro, que está em vias de quebrar recordes de exportação este ano. Esses fatores, somados a um possível cenário semelhante nos Estados Unidos na safra 2024-2025, indicam que os preços do milho podem continuar em alta.
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Para os compradores de milho, o cenário é desafiador, e estratégias para minimizar impactos, como contratos a termo, são recomendadas. Cogo ressalta a importância de coberturas de compra até junho de 2024, considerando a possibilidade de uma safra mais reduzida.
O consultor alerta que, apesar dos desafios, alguns compradores já estão cientes do cenário e adotando medidas para garantir suprimentos. A temporada 2024 pode se assemelhar à de 2015-2016, quando uma safra menor gerou preocupações e impactou os custos de alimentação animal.
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