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Preços domésticos do milho devem recuar e custos subir em 2015/2016

Andamento da safra dos Estados Unidos e o estoque final da atual safra brasileira vão pressionar as cotações internas

Fonte: Pietro Grosso/Arquivo Pessoal

Os preços do milho devem recuar com os altos estoques do grão, enquanto os custos da lavoura devem subir devido à valorização do dólar. A análise é do vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Hélio Sirimarco. 

– O dólar é uma faca de dois gumes e vai encarecer a produção entre 18% e 20% para o produtor brasileiro, porque boa parte dos insumos é importada. Além disso, há ainda a alta dos juros que vai pesar na conta – disse. 

Segundo ele, boa parte dos produtores não conseguiu antecipar a compra de insumos.

Estoques

Com relação aos estoques do cereal, projeções indicam que o volume de milho na passagem da safra 2014/2015 (encerrada em junho de 2015) para 2015/2016 deve crescer em comparação com o período anterior. 

Dados da consultoria INTL FCStone mostram que o volume na passagem da safra 2014/2015 para 2015/2016 deve aumentar para 18,38 milhões de toneladas, ante 17,41 milhões de toneladas no fim da safra 2013/2014.

Com esse cenário, Sirimarco explicou que a área plantada com milho verão no Brasil na safra 2015/2016, em fase de preparo, deve ter redução de cerca de 3%. Essa redução vai se refletir em aumento do plantio da soja, praticamente na mesma proporção. Conforme projeções da FCStone, a área plantada com milho verão em 2015/2016 deve alcançar 5,89 milhões de hectares (2% a menos do que no período anterior, que foi de 6,01 milhões de hectares).

Sirimarco pondera que, “atualmente, os preços do milho no mercado doméstico estão ótimos, com a alta do dólar compensando as quedas das cotações futuras em Chicago (CBOT)”. Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a saca de 60 Kg de milho foi cotada na semana passada em média a R$ 14,30, em Sorriso (MT). O valor é o maior desde 2013, quando a média foi de R$ 9,28. O dirigente ressalva, porém, que o andamento da safra dos Estados Unidos e o estoque final da atual safra brasileira vão pressionar as cotações internas
  

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