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De acordo com a organização, a queda do indicador em 2013 só não foi maior por causa da alta das cotações dos produtos lácteos em virtude de uma estiagem na Nova Zelândia e da forte demanda da Ásia.
– A demanda por leite em pó, especialmente da China, continua forte e as processadoras do Hemisfério Sul estão focando esse produto em vez de manteiga e queijo – afirmou.
A FAO acrescentou que a aquecida procura por carnes da China e do Japão também compensou, parcialmente, o declínio dos preços dos grãos, óleos e açúcar.
Se o pico do índice da FAO em 2011 foi motivado pela escassa oferta de cereais, a recente queda dos preços se deve, principalmente, à expectativa de recomposição do estoque de milho e trigo em 2014. A produção mundial de cereais teve forte crescimento em 2013, após a recuperação da safra dos Estados Unidos e à colheita de grandes volumes em países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
A FAO projeta um aumento de 13% nos estoques globais de cereais em 2013, para 564 milhões de toneladas. A atual perspectiva para o mercado de grãos significa uma drástica reviravolta em relação à safra 2012-2013, que foi prejudicada por uma severa seca. O rali dos preços mundiais – desencadeado pela quebra da produção dos EUA – provocou uma onda de protestos em países como Tunísia, Egito e Líbia, que ficou conhecida como Primavera Árabe.