O reflexo disso é sentido nos preços que tendem a cair devido à oferta excedente. Assim as dificuldades ficam por conta dos produtores de verduras.
Verduras como alface, rúcula e agrião estão com preços em queda. Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) ? principal entreposto da América Latina ? houve uma redução de 12,39% nos valores pagos por estes produtos.
Na propriedade da produtora Eliana Tomita em Salesópolis, interior de São Paulo, manter a rentabilidade em tempos de frio é uma tarefa desafiadora. A família trabalha com produção de verduras há cerca de 50 anos. Sempre quando chegam as baixas temperaturas a história se repete, cai o consumo de verduras. Com a demanda menor é preciso encontrar outras soluções para o rendimento familiar.
Ao contrário do que ocorre com as verduras, os legumes estão valorizados. O setor registrou alta de quase 10% no último mês. Entre os alimentos que pertencem ao grupo, à vagem subiram 33,9%, seguido do tomate com alta de 25,7%, pepino japonês com 23,9% e beterraba com 10,63%.
Para o economista da Ceagesp, Flávio Godês, a alta nos preços nesta estação do ano não é comum. Segundo ele, dois fatores explicam o atual momento do mercado, a redução na quantidade ofertada em função da chuva de granizo e o frio que atrasa a maturação dos alimentos.
O produtor rural deve estar atento ao período do outono e inverno e também a queda na demanda. Segundo Godês, o ideal é se preparar com investimentos, estufas, maquinários para estar preparado para condições climáticas adversas.