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Preços do milho têm queda acentuada em julho

Segundo boletim da CNA, produtor teve margem de prejuízo maior em relação ao mês anteriorO milho apresentou em julho queda acentuada nos preços de comercialização da saca em relação ao mês anterior, o que ampliou a margem de prejuízo dos produtores do cereal. Foi o que mostrou o boletim Custos e Preços, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que analisou seis municípios. O pior desempenho foi observado em Unaí (MG), onde o produtor operou no vermelho em R$ 6,57 por saca de 60 quilos. Este resultado veio da diferença entre R$ 18,07 por saca do Custo Op

Além do município mineiro, o levantamento mostrou cenário negativo em mais três das seis regiões pesquisadas. Em Rio Verde (GO), a diferença entre o valor de venda da saca e do COT ficou negativa em R$ 4,72. Nos municípios paranaenses de Londrina e Campo Mourão, o cereal também não deu bons resultados, e os produtores destes dois municípios tiveram um prejuízo médio de R$ 4,29 por saca e R$ 3,77 a saca, respectivamente. Segundo a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Santos, o mercado interno está abastecido e ainda há grande volume do cereal estocado.  

Já em Primavera do Leste (MT), que mostrou o pior cenário de preços nos meses anteriores entre as regiões pesquisadas, o preço reagiu em relação a junho, subindo de R$ 11,16 para R$ 17 por saca. Desta forma, a diferença entre custo total e preços caiu de R$ – 5,97 a saca no mês passado para R$ – 0,13 a saca. Apesar da recuperação, o produtor ainda trabalha com margem negativa, mas os sinais de melhora são atribuídos aos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), que permitiram a retirada de parte do cereal estocado para exportação.

? A maior demanda de alguns países influenciou o aumento da demanda nos leilões de PEP ? argumenta a superintendente técnica da CNA. O mecanismo do PEP, acrescenta Rosemeire Santos, é hoje a principal aposta para tentar reverter o cenário de queda dos preços.

O boletim Custos e Preços verificou também cenário negativo para os cafeicultores em quatro de cinco regiões pesquisadas. Em Ribeirão do Pinhal (PR), por exemplo, a margem ficou negativa em R$ 258,27. O custo total neste município chegou a R$ 503,27, mais que o dobro do preço de comercialização da saca de 60 quilos, de R$ 245,00, pelo fato de a colheita ser manual, o que exige gastos com mão de obra, o principal item dos custos de produção na atividade. Outro fator é que a média salarial no Paraná para os trabalhadores é superior a de outras regiões. Em Iúna (ES), o COT superou o valor de venda em R$ 104,4 a saca, enquanto em Santa Rita do Sapucaí (MG) o prejuízo médio para o cafeicultor foi de R$ 86,11 a saca.

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