Na segunda-feira, 30, os preços do café arábica caíram 165 pontos, ou 1,42%, para 114,70 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). A menos que haja um rali sem precedentes hoje, o último dia de negociação do ano, o arábica terminará o ano em território negativo, como ocorreu em 2011 e 2012. Os preços do café não caíam por três anos consecutivos desde o início de 1990.
Só desde o fim de 2011, a desvalorização acumulada é de 49%. Essa é a maior queda numa sequência de dois anos desde 2000-2001, quando as cotações recuaram 63%. Muitos investidores abandonaram apostas de alta dos preços e a maioria projeta que as cotações continuarão caindo, de acordo com dados da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC).
Enquanto isso, os preços de varejo de embalagens de café e café com leite têm se mantido relativamente estáveis, o que significa que torrefadoras e empresas de alimentos foram capazes de capitalizar os custos mais baixos da matéria-prima.
Na temporada que terminou em 30 de setembro, a produção global de café subiu 7,8%, para 144,6 milhões de sacas de 60 quilos, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC). Alguns observadores do mercado acreditam que a produção pode aumentar novamente em 2014.
– Eu não acredito que já tenhamos visto a mínima absoluta para os preços. Há uma forte possibilidade de que teremos produção recorde na nova safra de café. – disse Sterling Smith, especialista em futuros do Citigroup.
A próxima colheita do Brasil chega ao mercado em junho, pesando ainda mais sobre as cotações. O Rabobank estima que os preços podem cair para 95 cents/lb até o quarto trimestre de 2014. O Departamento de Agricultura dos EUA prevê que os estoques globais de café aumentarão 7,5% no final do ano-safra 2013/14, para 36,3 milhões de sacas. Fonte: Dow Jones Newswires.
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