Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Preços da ração animal devem se manter altos até março de 2011

Para o criador de gado de corte, projeção serve para que ele programe as comprasOs preços da ração animal devem se manter altos pelo menos até março de 2011 o que é bom para quem planta, mas nem tanto pra quem cria. É o que prevê a própria indústria do setor. Para o criador de gado de corte, a projeção serve para que ele programe as compras.

O segmento de gado de corte representa 4% no mercado de consumo de rações, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). Suínos e frangos são os que mais consomem. O balanço do ano, divulgado nesta sexta, dia 10, em SP, comprova um aumento de 4% na produção em relação a 2009, dado acima dos 3,5% esperados pelo setor. Até o fim deste mês a produção deve chegar a 61 milhões de toneladas, com preços que, como a própria indústria admite, apertaram as contas do produtor. Os de farelo de soja e de milho foram os que mais subiram.

? Isso afetou demasiadamente o custo de rações de suínos e aves, que aumentaram na ordem de 25%, 30%, 40% ? diz o vice-presidente executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani. 

O levantamento sobre a variação dos preços do milho e do farelo de soja mostra de quanto foi o aumento. Em um ano o farelo subiu mais de 5%. O milho, quase 46%.

? Até o primeiro trimestre do próximo ano haverá uma manutenção de preços de milho e farelo de soja num patamar alto ? acrescenta Zani.

Na fazenda em que o produtor rural José Ovídio Sebastiani é sócio, em Boituva (SP), há uma estrutura completa para manter o confinamento do gado. Em cada uma destas divisões, as matérias-primas do que pesa mais no custo: a ração. São pelo menos oito produtos, incluindo silagem de milho, cevada e farelo de trigo. A mistura feita na propriedade é que forma a ração. O processo até chegar ao cocho se repete cinco vezes por dia.

? Se eu tivesse que comprar tudo neste período em que está alto demais, certamente eu não conseguiria ter viabilidade econômica na propriedade ? diz Sebastiani.

O ritmo de trabalho aqui na fazenda começa a diminuir nesta época do ano. O confinamento entra agora no período de baixa. A produção volta com força mesmo lá em abril, quando nesta propriedade, por exemplo, chega a ter até 2,5 mil animais para engorda.  É com as cocheiras quase vazias  que o produtor se prepara para a época boa de produção. Faz a armazenagem dos produtos. Mas isso não é garantia de que ele vá gastar menos com ração depois.

A instabilidade dos preços deixa qualquer produtor inseguro, segundo José Ovídio. Ele conta que há dois ou três meses pagava R$ 17 por uma saca de milho. Hoje não compra por menos de 30. Alguns produtos, diz ele, tiveram alta de 80% nos últimos seis meses.

? Agora que o preço da carne subiu também, compensou em parte, porque o custo da ração foi muito maior do que o preço da carne ? diz Sebastiani.

Sair da versão mobile