Segundo boletim, no entanto, produtores seguem negociando apenas pequenas quantidades, quando há necessidade de caixa para pagamento de despesas de curto prazo. Com isso, as diferenças entre os preços nos mercados de lotes e de balcão registram aumento.
Para o Cepea, a alta de preços da soja ao produtor não tem ocorrido na mesma intensidade verificada no mercado disponível. Produtores, segundo o levantamento, estão mais interessados atualmente no fechamento das compras de insumos para a próxima temporada e na comercialização antecipada da nova safra. Já traders e indústrias ainda manifestam necessidade em adquirir a soja para cumprir contratos, mas o vendedor quer preço maior.
Diante da necessidade do grão, o comprador acaba cedendo e pagando valores mais elevados. Entre 15 e 22 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) em moeda nacional teve expressiva alta de 4,7%, finalizando a R$ 70,00/saca de 60 kg na sexta-feira, dia 22 – esse é o maior valor da série histórica do Cepea, em termos nominais.
Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a US$ 33,90/sc de 60 kg, forte aumento de 3,5% no mesmo período. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, teve significativa elevação de 4,66% entre 15 e 22 de junho, indo para R$ 66,94/sc de 60 kg – também valor recorde, em termos nominais.