Os valores de soja em grão oscilaram com força na última semana, influenciados pela instabilidade cambial, por preocupações quanto à safra brasileira e pelo baixo ritmo de venda da oleaginosa norte-americana. Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que, de início, as expectativas de maior oferta de soja da Argentina pesaram sobre os valores do Brasil e dos Estados Unidos.
Porém, no final da semana, o enfoque foi dado às especulações de que a redução dos impostos de exportação no país vizinho deva ocorrer de forma mais lenta que o esperado, o que pode elevar as exportações de outros ofertantes, especialmente os norte-americanos, que finalizaram a colheita recentemente.
No Brasil, as preocupações quanto à falta ou ao excesso de chuva, a depender da região, levaram sojicultores a praticamente interromper as negociações da safra 2015/2016 nas últimas semanas. Conforme pesquisa do Cepea, de 30% a 40% da safra 2015/2016 já foi negociada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás e São Paulo.
Milho
Movimentos distintos dos preços do milho entre as praças acompanhadas pelo Cepea sinalizam que o mercado doméstico busca um novo ponto de equilíbrio. Operadores definem suas posições em meio à perda de competitividade do grão brasileiro frente às cotações na Bolsa de Chicago e também à queda do dólar.
Ao mesmo tempo, o volume posto à venda em algumas regiões é baixo e o clima traz preocupações pontuais.
Segundo pesquisadores do Cepea, as baixas de preços mais intensas no mês são observadas em regiões que apresentam relação mais direta com o mercado externo. Quanto às altas, são observadas em praças onde o volume de chuva é baixo.