A comercialização da soja foi moderada no Brasil nesta terça-feira (11). Os preços voltaram a subir, mas os agentes se mostraram cautelosos à espera do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quarta, às 13h.
Analistas de Safras & Mercado estimam que de 100 mil a 120 mil toneladas tenham sido negociadas hoje no país. A valorização das cotações foi puxada pela Bolsa de Chicago:
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 143 para R$ 146
- Região das Missões: avançou de R$ 142 para R$ 145
- Porto de Rio Grande: cresceu de R$ 151 para R$ 154
- Cascavel (PR): aumentou de R$ 135 para R$ 138
- Porto de Paranaguá (PR): valorizou de R$ 145 para R$ 148
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 119 para R$ 122
- Dourados (MS): foi de R$ 123,50 para R$ 126
- Rio Verde (GO): valorizou de R$ 120 para R$ 122
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços com preços mais altos. À espera do relatório do USDA, os agentes seguem atentos ao clima no cinturão produtor norte-americano.
A previsão é de clima seco e quente para a parte final do mês. Apesar da melhora das condições, vieram abaixo do esperado por analistas.
O USDA divulgou nesta segunda-feira (10) dados sobre as condições das lavouras americanas de soja:
- 51% estavam entre boas e excelentes condições (o mercado esperava 52%);
- 34% em situação regular;
- 15% em condições entre ruins e muito ruins
Na semana anterior, os índices eram de 50%, 35% e 15%, respectivamente.
O que esperar do relatório do USDA
O Departamento deverá reduzir as suas estimativas para a safra e estoques de soja americanos no
relatório de julho. Para a temporada 2022/23, a estimativa para os estoques americanos é de elevação.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 235 milhões de bushels em 2022/23. Em junho, a previsão ficou em 230 milhões de bushels. Para 2023/24, o USDA projeta estoques de 206 milhões de bushels. Em junho, o número era de 350 milhões.
A safra norte-americana deverá ser indicada em 4,250 bilhões de bushels para 2023/24, contra 4,510
bilhões apontados em junho. No ano passado, a safra ficou em 4,276 bilhões.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 101,3 milhões de toneladas, mantendo o número de junho. Para 2023/24, a estimativa do
mercado é de 120,4 milhões, abaixo dos 123,3 milhões de junho.
O USDA deve cortar a projeção de safra da Argentina de 25 milhões para 23,6 milhões de toneladas, reflexo da prolongada estiagem naquele país. Para o Brasil, a aposta é que a produção tenha sua previsão elevada de 156 milhões para 156,2 milhões de toneladas.
Contratos futuros de soja
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 16,00 centavos ou 1,09%
a US$ 14,71 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,60 1/4 por bushel, com perda de 14,75 centavos de dólar ou 1,09%.
Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com ganho de US$ 10,40 ou 2,56% a US$ 416,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 64,63 centavos de dólar, com baixa de 0,70 centavo ou 1,07%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,43%, sendo negociado a R$ 4,8610 para venda e a R$ 4,8590 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8550 e a máxima de R$ 4,9230.