Somente a pecuária perdeu mais de R$ 1 bilhão. A fruticultura teve uma redução média de 42%, mas no caso do abacaxi, por exemplo, a quebra chegou a 70%, com um prejuízo estimado em R$ 80 milhões. A produção de grãos também sofreu os impactos da falta de chuva, cujo valor de queda chegou a R$ 1,5 bilhão.
– O prejuízo é ainda maior se for levado em consideração itens que não estão ligados diretamente ao setor, mas que também sofrem reflexos com a longa estiagem – afirma o presidente da FAEB, João Martins.
Outros prejuízos colaterais da seca
:: Queda no dinamismo do setor do comércio, com redução de vendas e consumo;
:: Desaceleração nas atividades ligadas ao setor de serviços (educação, saúde, logística etc.);
:: Redução na atividade industrial, principalmente as agroindústrias – especialmente fruticultura e laticínios (muitos já fecharam e outros já ponderam deixar a região);
:: Diminuição das operações financeiras (créditos, empréstimos, poupança);
:: Queda livre no valor das propriedades;
:: Perda de emprego e renda, o que gera empobrecimento, inadimplência, endividamento e êxodo rural;
:: Perda do capital natural (prejuízos ao patrimônio ambiental, com o desaparecimento de espécies nativas, agravando os riscos de uma futura desertificação);
:: Destruição generalizada das pastagens (todas as reservas se esgotaram).
:: Perdas no Fundo de Participação dos Municípios.