O presidente francês Nicolas Sarkozy foi o convidado de honra. Cerca de quatro mil militares e civis participaram do evento. O desfile foi marcado pelos ex-combatentes da segunda Guerra Mundial, por acrobacias, folclore com os bonecos gigantes de Olinda e o Bumba-meu-boi, do Maranhão, e também com a presença de atletas olímpicos.
Dividido em duas partes, uma civil e outra militar, o desfile teve a participação de cerca de 3,6 mil pessoas. Houve momentos de empolgação do público, como na passagem da Banda Batalá, formada por mulheres que tocam tambores em ritmo afro-brasileiro. A apresentação coreografada da Guarda Presidencial também arrancou aplausos do público.
Tanta riqueza cultural emocionou a jornalista francesa Beatrice Hadjaje que veio especialmente ao Brasil para acompanhar o presidente Sarkozy. Ela disse que aqui conheceu uma comemoração mais humana com pessoas que cantam e dançam. Algo bem diferente da festa da independência francesa que segundo ela só tem militares sisudos.
A Patrulha Acrobática francesa fez um sobrevoo rápido pelo céu de Brasília. Ao cruzar a Esplanada, os aviões deixaram um rastro de fumaça nas cores da bandeira do país: azul, vermelho e branco.
A festa da Independência foi encerrada pelas tradicionais acrobacias da Esquadrilha da Fumaça. Os presidentes da França e do Brasil, no entanto, deixaram o local antes do encerramento da apresentação aérea.
Junto ao presidente Lula e Sarkozy, na primeira fila da tribuna de honra, estavam o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, os ministros da Defesa, Nelson Jobim, da Casa Civil, Dilma Rousseff, das Relações Exteriores, Celso Amorim, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e ministros da França.
E alguns grupos aproveitaram a data para protestar. Estudantes fizeram uma manifestação contra o presidente do Congresso Nacional, José Sarney. Eles tentaram se aproximar do presidente Lula e foram barrados pela polícia militar e por seguranças da presidência. Depois dos estudantes, foi a vez do protesto contra o pedido do governo italiano de extradição do ativista de esquerda Cesare Battisti. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará o pedido na próxima quarta-feira.