? Temos total condições de assumir o processo de desenvolvimento do etanol de segunda geração ? afirmou durante a abertura do Ethanol Summit, que ocorre em São Paulo.
Coutinho acredita que a crise financeira internacional retardou os investimentos do setor produtor de açúcar e álcool em 2009 e 2010. Contudo, ele ressaltou que as empresas desse segmento produtivo precisam ampliar os recursos dedicados à ampliação da formação bruta de capital fixo.
De acordo com o presidente, o governo federal dará todo o apoio técnico e financeiro para que o Brasil continue na vanguarda mundial do processo tecnológico de produção do combustível. Segundo ele, o BNDES financiou R$ 7,6 bilhões em projetos do setor em 2010, mas não tem nenhuma estimativa sobre quanto deve ser emprestado em 2011.
No mesmo evento, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo vai apoiar o setor sucroenergético a alcançar até 2019 uma capacidade instalada de 17 mil megawatt (MW) de bioeletricidade a partir de bagaço de cana-de-açúcar, ante os atuais 6 mil MW. Segundo ele, o setor representa parte fundamental da matriz energética brasileira, oferecendo energia limpa e renovável.
O ministro acrescentou, ainda, que a exploração de petróleo do pré-sal não irá reduzir o apoio do governo ao setor de bioenergia.
? Tudo isso é que garantirá suprimento energético para o Brasil nas próximas décadas ? afirmou.
O ministro ressaltou também que, entre 1975 e 2010, a utilização do etanol combustível no Brasil evitou a emissão de 960 milhões de toneladas de CO2.
O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB) defendeu a produção de etanol por meio da cana-de-açúcar e refutou as críticas sobre impactos ambientais do avanço da cultura.
? A agricultura que produz essa atividade sustentável é a mesma que é acusada, às vezes de forma leviana, de atacar o meio ambiente ? disse.
Relator do projeto d o novo Código Florestal Brasileiro, Rebelo foi o mais aplaudido entre as autoridades presentes no seminário. Ele lembrou da ampla maioria obtida na Câmara, com o voto de 410 deputados, para a aprovação do projeto classificado por ele próprio como “um compromisso civilizatório com o Brasil”.