Ele destacou que os tempos são outros e o sistema da concorrência passou por um profundo amadurecimento institucional desde 2000, quando houve o processo da Ambev.
? Os trâmites processuais estão mais céleres. Para você ter uma idéia, [na época] a média do tempo de análise de casos complexos e simples do Cade era de 159 dias, hoje é de 49, 48 dias ? disse Badin.
Quanto ao mérito do julgamento sobre a aquisição da Antártica pela Brahma o presidente do conselho prefere não se manifestar.
? Foi uma decisão de outro conselho, em outro contexto. Cada caso é um caso ? declarou o executivo.
Ao criar a Ambev, os administradores a anunciaram como uma grande empresa multinacional, mas depois a companhia foi vendida para empresa com sede na Bélgica.
O presidente do Cade garantiu que o caso da Brasil Foods será analisado com todo cuidado e toda a atenção. Ele preferiu não estimar prazos para o julgamento ou qualquer decisão porque as empresas não fizeram a notificação formal ao Cade.
Nesta sexta, dia 22, representantes das duas empresas devem ser reunir com os conselheiros do Cade em Brasília, para apresentar números e o formato da nova empresa. Haverá um encontro também com representantes da Secretaria de Acompanhamento Econômico e da Secretaria de Direito Econômico.
Para o consumidor, Badin garantiu que não haverá prejuízos.
? A dona de casa pode ficar tranquila que a razão de ser do Cade é protegê-la. Muitas vezes os beneficiários das ações do Cade não sabem que têm no conselho um defensor, um advogado. É exatamente para ele que o Cade trabalha ? defendeu.
O presidente do Cade disse ainda que o julgamento da criação da Brasil Foods é muito importante por ser uma grande fusão, com empresas grandes e concentração em alguns mercados, mas que não se trata de nada especialmente desafiador. Segundo ele, a análise do caso será feito com a mesma tranquilidade, independência e tecnicidade de outros casos no Cade.