A indústria de suco de laranja nega a formação de cartel e diz que a acusação é leviana. A Citrus BR, que representa as maiores empresas, argumenta que o suco de laranja é uma commodity e que a queda nos preços internacionais é que tem influenciado o mercado. Apesar disso, o presidente da companhia, Christian Lohbauer, ainda disse que é possível um diálogo entre produtores e indústria.
? Se houver consenso entre todos os membros da cadeia, em se construir um novo acordo, a indústria vai discutir. Porque já se trabalhou com contrato padrão e deu certo. Se houver outra modalidade de contrato, de acerto, que traga aquele ambiente antes de 1994 e que garanta que a indústria consiga trabalhar como trabalha sob pressão de mercado internacional, será feito ? disse Lohbauer.
A presidente da Confederação Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu, defendeu a criação de um mecanismo de subsídios aos agricultores, proposta que recebeu apoio da indústria:
? Nós não estamos trabalhando pela subvenção que distorce o mercado, não estamos querendo que se premie a ineficiência, mas sim produtos competitivos, que precisem ser socorridos. Eu não posso fazer um programa de governo em que a população tenha que comer comida com preço baixo e não remunerar quem produz.
Senadores aprovaram durante a audiência um pedido para que o governo explique a política para a citricultura. Segundo eles, é preciso esclarecer pontos como o preço mínimo.
Os parlamentares querem saber também como está a investigação sobre um possível cartel na indústria de suco.