Segundo acordo firmado, as empresas estrangeiras vão receber apenas os custos de produção e uma pequena parcela do lucro. Antes, o governo equatoriano ficava com 18% do lucro.
? Com a Petrobras, a boa notícia é que ontem já assinamos o acordo, já está tudo acertado, ou seja, aceitaram as condições do país ? afirmou Correa.
Segundo ele, será feito um contrato de transição, de aproximadamente um ano, seguido de um contrato de prestação de serviços.
A Petrobras produz, atualmente, 32 mil barris de petróleo por dia no Bloco 18, localizado na região amazônica equatoriana. O Equador produz diariamente cerca de 500 mil barris.
? Isto é muito bom para o país: passamos destes nefastos contratos de participação para (contratos) de prestação de serviços, com os quais o petróleo é nosso e o que fazemos é contratar uma empresa para extraí-lo ? disse o presidente.
O impasse envolvendo o governo do Equador e a Petrobras teve início há duas semanas, quando Correa ameaçou expulsar empresas petrolíferas do país, entre elas a brasileira, caso não assinassem outro contrato rapidamente. Atualmente, com a queda dos preços do barril de petróleo, devido à crise financeira mundial, o setor tem apresentado baixa produtividade no país.
Em relação à suspensão de contratos da construtora Odebrecht, Correa afirmou não ser um conflito entre os governos do Brasil e do Equador, mas um assunto entre o Estado e uma empresa privada “que descumpriu seu contrato”.