O presidente do Incra rebateu todas as críticas. Quanto aos gastos com diárias dos servidores, ele afirmou que a reforma agrária é feita no interior e não nas capitais, o que justificaria a despesa de mais de R$ 50 milhões realizada neste ano.
? Nós temos uma demonstração de todos os gastos de diárias com o Incra. Não há excesso. As diárias são baixas ? disse Hackbart.
Mas nem todos os deputados concordam com essa versão.
? Se você tem um enorme volume de gastos dessa natureza, cada vez mais, você sinaliza pra uma ineficiência na finalidade da reforma agrária, que é dar sustentabilidade e dar a oportunidade desses agricultores poderem se auto gerir ? defendeu Duarte Nogueira (PSDB-SP).
De acordo com a ONG Contas Abertas, nos últimos seis anos, entidades ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra receberam R$ 160 milhões do governo federal. A suspeita é que o MST estaria utilizando os recursos para promover invasões de terra.
? Todos os convênios são auditados, estão dentro da lei. Onde estiver erro estamos corrigindo ? declarou Hackbart.
O Presidente do Incra também não poupou a pesquisa encomenda pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. O levantamento indicou que 72% dos assentamentos agrários são ineficientes.
? A amostra está mal feita. Escolheram nove assentamentos entre 3,3 mil e o próprio Ibope disse: olhe mandaram essa amostra. Então, a amostra está viciada ? avaliou o dirigente.
? O Brasil já distribuiu uma Europa inteira em termos de terra. As pessoas não conseguem tirar o mínimo para sobrevivência e é evidente que esse modelo tem que ser revisto ? concluiu o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).