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Presidente Lula alerta para ano delicado e perigoso

Planalto estuda como financiar vendas de países vizinhos ao Brasil para barrar protecionismoAo visitar nesta quinta, dia 12, as obras da ferrovia Nova Transnordestina, em Salgueiro (PE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tornou a falar sobre a crise financeira internacional e seus efeitos no Brasil de forma mais incisiva. Conforme o presidente, 2009 será o ano "mais delicado e o mais perigoso".

Na semana passada, ao comentar a queda recorde da produção industrial em dezembro, Lula já havia admitido que a economia brasileira deveria passar por um período de retração. Em seu discurso, Lula afirmou também que, para gerar empregos, todas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terão funcionamento ininterrupto dentro do possível:

? Todas as obras do PAC que puderem ser contratadas para trabalhar 24 horas por dia nós vamos contratar, para contratar três turnos, para contratar mais trabalhadores, de preferência as pessoas da cidade.

Na quarta-feira, no Encontro Nacional dos Novos Prefeitos e Prefeitas, Lula disse que, este ano, é preciso antecipar o máximo possível as obras para enfrentar a crise. O presidente chegou a afirmar que cortaria o batom da ministra Dilma Rousseff, mas não as obras do PAC.

A Transnordestina, com 1,7 mil quilômetros a serem construídos e mais 550 para serem remodelados, integra as obras do PAC. Quando concluída, ligará Porto Real do Colégio (AL) a Suape (PE), e terá capacidade de movimentar cerca de 30 mil toneladas de cargas por ano.

Recursos poderiam vir de reservas cambiais

Enquanto Lula discursava em Pernambuco, integrantes do governo, em Brasília, se movimentavam para criar um mecanismo de financiamento das exportações de empresas de países vizinhos ao Brasil. A intenção é estabelecer uma defesa contra a escalada do protecionismo, principalmente por parte da Argentina, em decorrência da crise financeira mundial. A ideia é que, ao fornecer crédito para as empresas desses países parceiros venderem ao Brasil, a contrapartida viria de um natural aumento, ou pelo menos a contenção da queda, das importações de produtos brasileiros.

A proposta poderia ser realizada, na prática, com a entrega, pelo governo brasileiro, de um montante de reais em troca de pesos argentinos, por exemplo. Assim, o país vizinho poderia financiar as vendas de suas empresas ao Brasil.

No final do dia, o ministro das relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou negociações com países sul-americanos nesse sentido envolvendo o uso de reservas cambiais brasileiras. Amorim adiantou que o governo pedirá que sejam retiradas todas as barreiras às exportações do Brasil, principalmente por parte dos argentinos.

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