? Minha expectativa é de que essa situação esteja normalizada nos próximos dois a três meses ? afirmou o executivo, que projeta crescimento de até 5% nas vendas internas de 2009.
Uma boa alternativa para normalizar o crédito ao setor seria o governo permitir parcerias entre os bancos estatais e as financeiras, citou. O executivo admitiu que os custos dos financiamentos subiram nos últimos meses e deverão continuar altos, assim como os prazos permanecerão mais curtos ? de 48 meses no máximo.
Em relação a 2008, Ardila disse que as vendas da empresa em outubro devem ficar estáveis em relação ao mesmo mês do ano passado. Informações de representantes do setor durante o Salão Internacional do Automóvel, que ocorre em São Paulo, dão conta de que as vendas de automóveis de passeio e comerciais leves somaram 172,254 mil unidades no acumulado dos primeiros 24 dias de outubro, o que representa queda de 4% sobre o mesmo intervalo de outubro de 2007. Os números fechados do mês só serão divulgados no início de novembro.
A expectativa do executivo, entretanto, é de que o mercado encerre o ano com volume entre 2,9 milhões e 3 milhões de unidades vendidas.
? Será mais um ano recorde de vendas ? afirmou.
Enquanto Ardila exibia otimismo no Brasil, nos EUA o vice-presidente do conselho de administração da General Motors, Bob Lutz, evitava comentar especulações de que a GM pediu ao Departamento do Tesouro ajuda para comprar a Chrysler, terceira maior montadora do país. Conforme o jornal The Detroit News, a GM precisaria refinanciar US$ 10 bilhões de dívida para realizar a operação.
No Brasil, demissões ainda não estão nos planos, garante Ardila. No entanto, novas férias coletivas poderão ser concedidas para ajustar os estoques.