Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Presidente da Unica diz que aumento de exportações de commodities não significa desindustrialização

Marcos Jank respondeu declaração da Fiesp e AEB de que exportar alimentos e energia não é "uma volta ao passado"O presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Jank, defendeu nesta sexta, dia 19, que há uma larga cadeia de tecnologia por trás das commodities agrícolas vendidas pelo Brasil e que exportar alimentos e energia não é "uma volta ao passado". Jank estava respondendo a comentários do diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca, e do vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, no Encon

Para Fonseca e Castro, houve uma volta ao passado, com risco de desindustrialização, com o aumento do peso das commodities na pauta de exportações brasileira em detrimento de produtos manufaturados.

? Tende a se achar que a commodity é desindustrialização, o que não é verdade. Para um grão de soja é preciso uma quantidade imensa de máquinas, químicas, processamento ? exemplificou Jank.

Segundo ele, não há sinais de desindustrialização e o Brasil está indo apenas na direção de sua vocação e do que é esperado do país. Ele afirma que houve uma mudança de cenário nos últimos quatro, cinco anos e que o mundo quer hoje produtos básicos.

? Ninguém vai deixar de comer ? disse Jank.

Para Giannetti, a defesa de incentivos à exportação de commodities não deve ocorrer em detrimento do incentivo à exportação de manufaturados. O economista defendeu que as duas questões não são conflitantes.

? A gente não pode olhar para o Brasil com a dimensão territorial, populacional, com as questões sociais que tem, e pensar que a gente vai continuar exportando soja em grão, ao invés de óleo e farelo, exportando algodão em vez de vestuário, carne in natura ao invés de cortes especiais embalados. O mesmo serve para a área de minério. O Brasil tem que exportar valor agregado. Não é uma coisa contra a outra, é a commodity mais o produto manufaturado ? afirmou Giannetti.

Jank respondeu afirmando que adicionar valor agregado aos produtos é uma meta, mas nem sempre leva à lucratividade. Ele explicou que a indústria de commodities é altamente desenvolvida em tecnologia e que, por distorções da cadeia produtiva, é muitas vezes mais lucrativa do que a indústria da transformação.

? A Vale ganha muito dinheiro com minério de ferro e logística, mas talvez não ganhasse tanto com o aço, porque há excedente no mundo. Há distorções que beneficiam o produto básico. O manufaturado nem sempre é tão lucrativo ? completou.

Sair da versão mobile