Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Pressões dos mercados interno e externo influenciam baixa nos preços do milho

Estimativas de rápido crescimento da área de milho nos EUA pressionam cenário de médio prazoA boa safra de verão e o interesse vendedor têm mantido os preços do milho em queda neste início de ano. As exportações estiveram aquecidas nos últimos nove meses - somente em 2013, já foram embarcadas 7,3 milhões de toneladas -, mas novos negócios para embarque em curto prazo estão praticamente parados, conforme levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Nesse segmento, o Cepea tem captado apenas a intensificação, ainda lenta, dos negócios referentes ao grão da s

Desde o início do ano, os preços do milho no mercado de balcão cederam mais de 16% e, no de lotes, mais de 14%, considerando-se a média das regiões acompanhadas pelo Cepea em vários estados do Brasil. As médias atuais são apenas 3% maiores que as de um ano atrás no mercado de balcão (ao produtor) e 5% superiores no segmento de lotes.

Além da boa colheita de verão, a segunda safra pode ser recorde. Mesmo que Mato Grosso colha menos que no inverno passado, outros Estados, em especial o Paraná, devem mais que compensar. Simultaneamente, explicam pesquisadores do Cepea, pesam os problemas de armazenagem, sobretudo porque há muitas regiões deficitárias em capacidade de armazenagem e que produzem volumes expressivos do cereal, o que requer a venda conforme avança a colheita.

Considerando-se a possibilidade de armazenar toda a safra de grãos de um ano, levantamentos do Cepea mostram que os estados com maiores déficits de capacidade estática seriam Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia e Minas Gerais. No Paraná, por exemplo, as regiões mais deficitárias são a sudoeste e a oeste, enquanto que, em Minas Gerais, são o Triângulo Mineiro, o norte e o sul do Estado, todas importantes produtoras de milho no verão. Assim, é preciso vender conforme avança a colheita, de acordo com os pesquisadores.

No segundo semestre, além da safra de inverno, poderá haver pressão também da colheita norte-americana que, segundo o USDA, tem potencial para cerca de 379 milhões de toneladas, o que representaria crescimento de mais de 38% sobre 2012. O Brasil, no entanto, com produção recorde, precisaria exportar entre 15 e 20 milhões de toneladas para evitar excedentes internos.

Na BM&FBovespa, os contratos futuros apontam para a casa de R$ 25 por saca a partir de maio, o que representa queda por volta de 10% em relação ao patamar atual – nessa segunda, dia 1º, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa referente à região de Campinas (SP) e base para a liquidação dos contratos futuros fechou a R$ 28,46 por saca de 60 kg. Na mesma linha, as cotações norte-americanas (CME/CBOT -Bolsa de Chicago) estimam quedas de 17% entre maio de 2013 e dezembro de 2013, tomando-se como base os fechamentos desta segunda. Na média de março, as diferenças de preços entre os dois contratos foi de 22%.

No mercado brasileiro, levantamentos do Cepea mostram que, na segunda-feira, a saca de 60 kg de milho no mercado disponível teve média de R$ 15,83 em Sorriso (MT), de R$ 26,38 em Passo Fundo (RS) e de R$ 25,09 no Triângulo Mineiro.

Sair da versão mobile