Em julho, houve superávit de R$ 13 milhões entre despesas e arrecadação na área urbana. O resultado decorreu do aumento da arrecadação líquida, que somou R$ 13,9 bilhões, e da queda de despesas com pagamento de benefícios, com total de R$ 13,9 bilhões. Uma das razões é a nova metodologia para ressarcimento do auxílio-doença, cujos números vêm se reduzindo gradativamente.
No mês passado, a arrecadação líquida das contribuições da área rural teve queda em relação ao mesmo mês de 2008. Foram arrecadados em julho R$ 361 milhões contra R$ 445 milhões em julho de 2008. As despesas custeadas no mês passado na área rural foram de R$ 3,4 bilhões, com crescimento de 8,2% sobre o mesmo mês do ano anterior, quando a conta ficou em R$ 3,2 bilhões.
De janeiro a julho deste ano, a Previdência Social arrecadou R$ 97,3 bilhões, tendo custeado benefícios no total de R$ 122 bilhões, com déficit de R$ 24,6 bilhões. No ano passado, nesse período, foram pagos R$ 114,4 bilhões em benefícios, para uma arrecadação de R$ 92,6 bilhões, com déficit de R$ 21,7 bilhões.
O ministro José Pimentel afirmou que o valor médio real dos benefícios da Previdência atingiu R$ 664,7 de janeiro a julho deste ano, o que representa crescimento real de 20% em relação ao mesmo período de 2002. Cerca de 69% dos pagamentos feitos em julho último tinham valor de até um salário mínimo, para um contingente de 18,4 milhões de beneficiários diretos. Na área urbana, foram pagos benefícios no mês a 7,2 milhões de pessoas. Na área rural, o número de beneficiários foi de 7,8 milhões.
Pimentel explicou que o reajuste de 12,5% no salário mínimo este ano levou a um déficit maior para os benefícios da área rural. Segundo ele, a arrecadação revela tendência de alta, pois a Previdência está entre as receitas que vêm tendo maior crescimento na economia do país.