Agricultura

Previsão de safra recorde de grãos nos EUA tende a ser revisada, diz banco alemão

Após a tempestade que atingiu o centro-oeste do país, principalmente Iowa, as primeiras avaliações dos estragos feitas apontam para 14 milhões de acres afetados

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Foto: Pixabay/montagem

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) provavelmente vai abandonar a expectativa de uma safra de grãos recorde no país, no próximo relatório, avalia o Commerzbank, segundo maior banco comercial da Alemanha. Os riscos de perdas provocadas pelo clima adverso são maiores para o milho.

Após a tempestade que atingiu o centro-oeste do país, principalmente Iowa, as primeiras avaliações dos estragos feitas por especialistas em campo apontam para 14 milhões de acres afetados – perto da metade da área agrícola local – , incluindo as lavouras de milho. Iowa é o principal produtor de milho dos EUA.

Em comentário diário enviado a clientes, a analista de commodities agrícolas do banco, Michaela Kühl, afirma que “a tempestade deve ter prejudicado cerca de 3 milhões de toneladas de grãos, volume que separa a estimativa recorde prevista este ano, da colheita alcançada em 2016/2017”.

“Portanto, não é surpresa que o preço do milho, depois de ser negociado a US$ 3,23 o bushel no início da semana passada, tenha subido acentuadamente”, ressalta Michaela. A analista afirma o clima em Iowa e Illinois, que também foi atingido pela tempestade, está muito seco e não há previsão de alívio para os próximos dias.

“Para tomar Iowa como exemplo mais uma vez: em meados de agosto, o Monitor de Secas dos Estados Unidos classificou 80% da área plantada como atipicamente seca, enquanto 18% foi afetada por uma seca severa”.

Consequentemente, os especialistas em tours de safras acreditam que o potencial de rendimento em muitas áreas de cultivo em Iowa é significativamente menor do que no ano passado, e também menor que a média dos últimos anos, alerta o Commerzbank. Embora tenham sido relatados alto potencial de rendimento de grãos em outros Estados, como Ohio e Dakota do Sul, além de Nebraska e Indiana, o quadro só ficará realmente claro quando a colheita começar em setembro, acrescenta o banco.