A consultoria AgRural revisou para baixo a sua previsão de safra 2015/2016 de soja para 97,6 milhões de toneladas, ante 99 milhões de toneladas calculados um mês atrás. “Após um mês de fevereiro seco, março também foi de pouca chuva e temperaturas elevadas no Matopiba, o que reduziu ainda mais o potencial da safra 2015/2016 de soja”, informou a empresa. “Em alguns estados do Centro-Sul do país, foram as lavouras tardias que renderam menos que o esperado.”
A colheita de soja no Brasil atingiu 85% da área, estimou a consultoria, ante 84% em igual período de 2015 e 80% na média de cinco anos. Com tempo firme na última semana, os trabalhos de campo tiveram avanço de 9 pontos porcentuais.
Matopiba
No Matopiba, o tempo seco e quente que em fevereiro prejudicou áreas em fase reprodutiva se repetiu em março, causando estragos em lavouras tardias. A AgRural fez corte de quatro sacas por hectare na produtividade do Piauí, estimada agora em 35 sacas/hectare. O estado tem 30% da área colhida.
Na Bahia, 70% da safra foi retirada das lavouras. A consultoria reduziu em duas sacas por hectare a previsão de rendimento, para 40 sacas/hectare. “Com o estresse climático, as lavouras ficaram prontas antes do previsto, o que resultou em grãos menores e mais leves”, disse a AgRural.
No Maranhão e no Tocantins, onde 65% e 80% da área está colhida, respectivamente, a consultoria também diminuiu a previsão de produtividade em duas sacas por hectare, para 38 sacas/hectare em ambos os estados.
Mato Grosso
Em Mato Grosso, 98% da área está colhida, e a estimativa de produtividade caiu de 50,5 para 49 sacas por hectare, de acordo com a AgRural. Após bons resultados na soja precoce e de ciclo médio, fatores como a estiagem em janeiro, o excesso de chuva e a falta de luminosidade em fevereiro e ataques de mosca branca e percevejo pesaram sobre a produtividade da soja tardia.
Paraná
No Paraná, a colheita chega a 97%. Segundo a consultoria, o excesso de chuva em fevereiro provocou estragos em áreas em fase de maturação e, por isso, a expectativa de produtividade foi reduzida de 54,5 para 54 sacas por hectare.
Mato Grosso do Sul
Em Mato Grosso do Sul, a AgRural reduziu a produtividade de 53 para 52,5 sacas por hectare por causa de estragos causados por chuvas acima da média e assinalou que a colheita foi concluída.
Mais produtividade
Por outro lado, alguns estados tiveram desempenho melhor do que o previsto, de acordo com a consultoria. Em Goiás, com 95% da área colhida, a AgRural aumentou a previsão de produtividade de 52,5 para 53 sacas por hectare.
No Rio Grande do Sul, 57% da colheita foi concluída, e a produtividade teve um leve incremento de 0,1 saca por hectare, para 46,8 sacas por hectare.
Em Minas Gerais, a colheita atinge 87%, e o rendimento esperado subiu de 52 para 53 sacas/hectare. Em São Paulo, a colheita está finalizada, e a AgRural aumentou a previsão de produtividade em 0,5 saca/hectare, para 53,5 sacas por hectare.