De acordo com a nova determinação, a carga horária máxima de trabalho passa a ser de oito horas diárias, com até duas horas extras. Além disso, a legislação exige que, a cada quatro horas na estrada, o motorista descanse 30 minutos. Na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo (Setsesp), Francisco Pelúcio, a lei é deficiente.
No Brasil, conforme Pelúcio, mais de 60% da carga movimentada no país circula por rodovias. Em um trecho de 1,5 mil quilômetros, a distância média do Centro-Oeste ao Porto de Santos, o aumento do frete pode subir cerca de 20%. Já em num trecho maior, como de Belém do Pará a São Paulo, acrescenta, a alta pode chegar a 40%.
O diretor da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, Sérgio Mendes, diz que o custo do frete por tonelada no Brasil chega a US$ 150,00. Nos Estados Unidos, principal concorrente no mercado de soja e milho, o valor é US$ 70,00 menor. Segundo Mendes, quem vai arcar com o aumento dos custos é o produtor. Ele aponta ainda que a única forma de diminuir o impacto dos custos é a ampliação das hidrovias.