? É uma perspectiva de renda e estabilidade maior e também de continuidade da produção familiar, com os jovens permanecendo ou voltando para a propriedade ? avalia o coordenador geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), Altemir Tortelli.
O grupo de produtores que forma a rede quer implantar um sistema que permita a comercialização em um mercado abrangente e diferenciado. É o caso de três famílias de Erechim, no norte do Estado, que investem há oito anos na produção agroindustrial para ter uma fonte de renda além da obtida com o trabalho na roça. Juntas elas fabricam salame, lingüiça, carnes defumadas e torresmo. O negócio gera R$ 45 mil por mês. A produção é comercializada em feiras e nos supermercados da cidade.
Outro exemplo é a produtora rural Maria Helena da Rocha, que começou a produzir geléias e sucos orgânicos há 15 anos. Hoje ela vende para as principais Capitais brasileiras, e acredita que a rede vai facilitar o trabalho de todos.
? Muitos serviços que a gente não consegue ter isoladamente são possíveis em conjunto. Nesse projeto vários profissionais estão sendo contratados, desde engenheiros de alimentos a pessoas da área de contabilidade ? conta.