Cada um dos 57 cata-ventos gigantes que formam o parque tem 80 metros de altura. Eles vão aproveitar a força dos ventos e produzir eletricidade suficiente para abastecer uma cidade maior que Vitória da Conquista.
No local onde está instalado o parque, no alto da Serra da Mangabeira, o vento tem velocidade média de 25 quilômetros por hora. O engenheiro responsável pela obra, Eduardo Bottacin, afirmou que para começar a produzir energia elétrica o aerogerador precisa de vento a partir de 11 quilômetros por hora.
? O potencial de geração aqui é de 90 megawatts. Esta é uma das melhores áreas do Estado, porque tem potencial suficiente para produção de energia.
Com a entrada em operação do seu primeiro parque eólico, o estado se prepara para instalar outros 51. No país, a Bahia lidera o número de projetos neste setor. A previsão é que 18 novos empreendimentos entrem em operação até o final de 2012 e formem o principal polo eólico do Brasil.
Além dos parques, o Estado começa a receber fábricas de torres e aerogeradores. A Gamesa, empresa espanhola especializada na construção de turbinas geradoras, já inaugurou uma unidade em Camaçari, e a francesa Alston inaugura outra até o final deste ano.
Responsável pela relação entre os empresários e o governo estadual, o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, disse que a instalação de uma fábrica dessa é uma decisão meramente empresarial. Segundo ele, as empresas estão se instalando aqui porque a Bahia tem o maior potencial para esse tipo de energia hoje no Brasil e tem atuado para apoiar as iniciativas.
Aumento da oferta de energia no Estado
Os novos projetos vão aumentar a oferta de energia elétrica na Bahia, garantindo fornecimento suficiente para o crescimento econômico. Além disso, a energia eólica é considerada uma das mais limpas ? não gera impacto, como inundações, fumaça ou resíduos.
Para o biólogo Márcio Zanotto, o principal impasse durante a instalação é a construção da estrada até o local. Durante a operação, o risco é o choque de aves migratórias com a parte móvel dos aerogeradores.
? Vamos monitorar durante os primeiros anos, e, caso aconteça, existem soluções viáveis para evitar esse choque.