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Primeiro quadrimestre do ano estanca queda nas vendas de máquinas agrícolas, diz Abimaq

Aumento na comercialização de equipamentos de pequeno e médio portes e recuperação do setor sucroenergético estão entre os motivos

Fonte: John Deere/divulgação

As vendas de máquinas e implementos agrícolas entre janeiro e abril se mantiveram em linha com o verificado em igual período de 2015, segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão Bastos. “O que percebemos no primeiro quadrimestre foi um número de vendas parecido com o do ano passado. Estancou a queda verificada até o fim do ano”, contou Bastos.

Ele lembrou que o aumento de 2% nas vendas durante a Agrishow, realizada em abril em Ribeirão Preto (SP), já reflete o comportamento do setor agrícola como um todo. Nesta quarta, dia 25, a Abimaq divulgou balanço do setor de máquinas no período de janeiro a abril deste ano. 

Nos quatro primeiros meses de 2015, as vendas apuradas pela Câmara Setorial totalizaram, aproximadamente, R$ 2,9 bilhões. O número preciso do primeiro quadrimestre de 2016 não foi divulgado, mas Bastos estima ser semelhante ao de 2015. Tradicionalmente, as vendas se concentram no segundo semestre, quando são travados 60% dos negócios. Ao longo de todo o ano de 2015, a receita do setor foi de cerca de R$ 11 bilhões.  

Uma das razões para a recuperação apontada pelo presidente da CSMIA é que boa parte dos produtores rurais conta com máquinas antigas, de sete a até dez anos de uso, que não dispõem de recursos de agricultura de precisão presentes nas versões mais modernas. “Entre 2012 e 2014, houve um ‘boom’ de tecnologia embarcada nas máquinas”, lembrou ele. Produtos de pequeno e médio portes, com valor abaixo de R$ 300 mil, têm tido saída maior que os grandes. Dentre eles estão implementos como plantadeiras e pulverizadores. 

A recuperação do setor sucroenergético, que vem se beneficiando dos bons preços do açúcar no mercado internacional, também tem contribuído à recuperação das vendas de máquinas e implementos agrícolas. Há uma percepção, ainda, de que os produtores estão um pouco mais confiantes em relação à economia brasileira e, por isso, menos receosos de investir. 

Os bons preços da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) e do milho no mercado doméstico também estimulam os produtores a irem às compras. “Se houver boa execução do Plano Safra (2016/2017, anunciado no último dia 4 de maio) e os recursos chegarem aos bancos em 1º de julho, começaremos a sair da crise”, afirmou Bastos. O aumento dos juros e a queda no volume de recursos com taxas subsidiadas para investimentos não foram apontados como limitadores da recuperação. “O Plano Safra tem várias linhas e é normal que umas liberem mais dinheiro que outras. Se for necessário, o governo pode fazer transferência de recursos”, explicou.

Exportações 

Nos quatro primeiros meses deste ano, as exportações de máquinas agrícolas recuaram aproximadamente 15%, na avaliação de Bastos. De acordo com dados divulgados pela Abimaq, a queda somente em abril de foi de 20,1% em relação a março. A receita em reais, contudo, aumentou, com valorização do real ante o dólar em comparação a igual período de 2015. 

As empresas que integram a câmara têm vendas externas concentradas em países da América do Sul e do México. Países como Paraguai, Argentina e Bolívia, grandes produtores de soja, não puderam contar, nos últimos meses, com a valorização de suas moedas locais ante o dólar (fator que elevou a remuneração dos exportadores brasileiros) e têm sofrido com as cotações da oleaginosa na CBOT, em patamares baixos desde o ano passado em comparação com anos anteriores. “As vendas não aumentaram, o que houve foi melhora nas margens das empresas brasileiras, que se beneficiaram da valorização do real ante o dólar”, disse Bastos.

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