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Problema logístico em Mato Grosso aumenta frete em até R$ 2,4 bilhões

Pesquisa apresentada na Bienal dos Negócios da Agricultura, nesta sexta, propõe novas rotas para solucionar o caos na regiãoUm novo estudo encomendado pelo Projeto Centro-Oeste Competitivo propõe novas rotas para solucionar o caos logístico na região. O material com as propostas foi apresentado nesta sexta, dia 9, na Bienal dos Negócios da Agricultura em Mato Grosso. O resultado da pesquisa feita pela Consultoria Macrologística levou em consideração os dados dos últimos cinco anos na região.

Segundo o estudo, cem reais por tonelada de grãos separam agricultores de Mato Grosso da sonhada superação de gargalos logísticos no escoamento da produção. Essa é a diferença nos custos de frete no comparativo entre duas grandes rotas de escoamento de safra, considerando os mesmos pontos de partida e chegada, o polo de Lucas do Rio Verde e Shangai, na China: os tradicionais portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR) e as vias de Miritituba e Santarém (PA), pela rota da BR-163, ainda não pavimentada no Estado vizinho. A diferença na planilha do setor chega a um montante de R$ 2,4 bilhões por safra.

A pesquisa aponta que o preço pago pelo produtor para escoar uma tonelada de grãos pelos dois maiores portos do Centro-Sul do país é de R$ 333, ao passo que a despesa cai para R$ 238 a tonelada com o caminho pavimentado BR-163 Norte afora. O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso, Glauber da Silveira, diz que com investimentos, a reforma da BR-163, escoria 15 milhões de toneladas.

– Tem certas coisas que são prioridades, como a BR-163, que com R$ 1 bilhão terminaria a rodovia e escoaria 15 milhões de toneladas. Outro fator é a cobertura dos portos. Com alguns bilhões faz a cobertura nos portos e aumenta a capacidade de carregamento em pelo menos 20% ou 30% – disse.

Segundo Olivier Roger Sylvain Girard, sócio da empresa Macrologística e responsável pelo levantamento, para se ter uma solução imediata para os problemas, seriam necessários investimentos de R$ 150 bilhões.

– É preciso dar prioridade logística. O estudo foi realizado no prazo de um ano e levou em consideração 307 projetos. Projetos que apontam soluções para os problemas e que buscam aliviar os gargalos logísticos do Centro-Oeste. Para isso, teria que ser investido mais R$ 150 bilhões.  Mas não tem verba e nem tempo para isso, mas é preciso de prioridade para resolver o problema – disse.

Segundo Girard, o tema é de fundamental importância quando se leva em conta a necessidade de mudanças profundas para evitar maiores prejuízos ao escoamento da safra e, consequentemente, ao crescimento do agronegócio no país.

 O raio-X logístico completo inclui a análise de outras opções de rotas de escoamento, tendo como destinos finais Shangai e Roterdã, na Europa. O projeto capitaneado pelas entidades da Indústria, Comércio e Agricultura dos Estados da região Centro-Oeste.

– Já existe projeto de muitos anos que são bons, faraônicos, mas precisamos de estradas de ferro e hidrovias. Não adianta fazer projeto que caminhão não anda e trem não passa – diz o presidente do Sindicato Rural de Sorriso (MT), Laércio Pedro Lens.

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