Problemas com filas nas rodovias e dificuldade em acessar os terminais de carga vem sendo um dos principais empecilhos nos portos brasileiros. Em Santos, litoral paulista, falta pátios de estacionamento de caminhões e a situação fica complicada para descarregar o produto.
No Paraná, muitas estradas são classificadas como boas e ótimas, segundo o Ministério dos Transportes. A Associação de Produtores de Açúcar e Álcool do Estado do Paraná (Alcoolpar) embarca açúcar através de rodovia e ferrovia. É o que conta o presidente da empresa, Miguel Rubens Tranin.
– A demanda sobre a ferrovia poderia ser maior, mas nós tivemos que criar alternativas. Pela não disponibilidade de vagões, nós criamos, então, alternativas rodoviárias – explica.
E se é possível utilizar a rodovia e a ferrovia ao mesmo tempo, é possível também armazenar sem perder dinheiro, garante Antonio Marcos Padoveze, produtor de Piracicaba, no interior de São Paulo. O produtor guarda os grãos de milho e soja em uma cooperativa.
– Estamos próximos, somos associados e temos essa tranquilidade em termos de armazenamento e de comercialização. Vendo a hora e ao preço que eu quiser – ressalta.
O pesquisador da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Luiz Antonio Fayet, ressalta que os produtores que precisam utilizar as rotas para o escoamento da produção podem contar com, além dos portos Brasileiros, o do Panamá, por exemplo. Ele está sendo ampliado e deve atender as necessidades de quem está próximo do norte do Brasil.
– O maior navio que passa lá, hoje, é de 60 mil toneladas que leva duas mil carretas de soja. Com o novo canal serão 150 mil toneladas. Isso vai permitir que os fretes unitários sofram com a queda de pelo menos em 25 por cento – diz Fayet.
O coordenador do Movimento pró-logística, Edeon Vaz Ferreira, disse que o Brasil está investindo em seus portos e que futuramente também conseguirá realizar grandes fretes.
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