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Processamento soma 18,79 milhões de toneladas em 2016

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais fez um balanço positivo da safra de soja 2015/16 no Brasil

Fonte: Abiove/Divulgação

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) manteve nesta segunda, dia 5, todas as suas projeções para o complexo soja referentes à safra 2015/2016. A estimativa de produção de soja do Brasil na temporada permaneceu em 96,6 milhões de toneladas, assim como a de exportação do grão pelo país, em 53 milhões de toneladas.

De forma semelhante, as projeções da associação continuam as mesmas para as importações da oleaginosa no atual ciclo (500 mil toneladas), processamento (40,7 milhões de toneladas), produção de farelo (30,9 milhões de toneladas), de óleo (8,05 milhões de toneladas) e para o estoque de passagem (2,231 milhões de toneladas).

De janeiro a julho, as associadas da Abiove que, segundo o relatório, representam de 76% a 80% do setor, processaram 18,799 milhões de toneladas de soja e produziram 14,338 milhões de toneladas de farelo e 3,744 milhões de toneladas de óleo.

A Abiove também manteve sua projeção de receita decorrente das exportações de soja em grão em 2016 em US$ 19,610 bilhões, assim como a referente às vendas externas de farelo no ano, em US$ 5,320 bilhões, e às de óleo, em US$ 1,020 bilhão. 
  
Ciclo positivo

A Abiove fez um balanço positivo da safra de soja 2015/16 no Brasil. “O que se pode dizer é que foi uma safra muito boa, um pouco abaixo do esperado, mas a segunda melhor safra da história, depois de 2014/2015”, disse o gerente de Economia da Abiove, Daniel Furlan Amaral. 

Do lado das exportações, o ritmo de embarques de soja em grão ainda é forte, com a demanda firme da China pela oleaginosa. “O setor continua tendo papel preponderante nas exportações brasileiras”, afirmou Amaral. A associação deve divulgar suas primeiras previsões para 2016/2017 entre o fim de setembro e o começo de outubro.

Do lado do processamento, o gerente apontou que, se corrigida a amostragem da associação para a totalidade do setor, o volume processado até julho no país soma 24,1 milhões de toneladas, restando serem esmagados 16,6 milhões de toneladas para atingir a projeção de 40,7 milhões de toneladas para 2016. “O mercado tem condições trabalhar isso, é uma possibilidade factível em cinco meses”, assinalou. Porém, a associação voltou a criticar a retenção, pelo governo, de créditos tributários das indústrias que processam soja no Brasil. “Embora o processamento deva ser um pouquinho maior do que no ano passado, foi mais um ano em que a gente deixou de solucionar questões tributárias que diminuem a competitividade da indústria brasileira”, apontou o representante da Abiove. “Vamos ver se acalmando um pouco as coisas agora se consegue dar uma solução ou pelo menos uma perspectiva positiva.”

Amaral ressaltou, entre os fatores que estimulam o processamento no Brasil, a diversificação de mercados que tem sido observada especialmente na exportação de farelo. A Europa continua sendo o principal cliente, mas o Sudeste Asiático, principalmente, e o Oriente Médio, em menor grau, têm ganhado espaço. Ele destacou que, no ano passado, o Brasil exportou 8,4 milhões de toneladas para a Europa e 5,2 milhões de toneladas para o Sudeste Asiático. No acumulado de 2016 até julho, a diferença entre os dois mercados diminuiu bastante, com 5,2 milhões de toneladas de farelo brasileiro sendo destinadas à Europa e 3,9 milhões de toneladas ao Sudeste Asiático. “O Sudeste Asiático está crescendo em um ritmo muito acelerado e chegando perto da Europa como nosso principal cliente. É uma diversificação que dá mais segurança para a indústria brasileira”, ressaltou. O atual nível de mistura de 7% de biodiesel no diesel e previsão de aumento para 8% a partir de março de 2017 também representam um horizonte positivo para o processamento de soja no País, segundo Amaral.

A mobilização agora, de acordo com a entidade, é pela exportação não só de soja em grão, mas também de farelo e óleo para a China. “A indústria brasileira tem capacidade, basta conseguir superar problemas domésticos e ter algum tipo de acordo internacional que permita agregar mais valor às nossas exportações”, disse. 

Além da negociação comercial e da resolução de questões tributárias, a Abiove considera fundamental que o governo destrave investimentos em logística para que o setor possa ter mais competitividade. Amaral cita como questões urgentes a melhoria dos acessos rodoviários ao Arco Norte, especialmente a BR-163, no trecho entre Sinop (MT) e Itaituba (PA), e o impulso ao escoamento hidroviário da produção brasileira até os portos da região. “Tudo isso passa por um aumento do investimento, com aporte público, privado, ou em parceria entre os dois, mas também pela melhoria do ambiente regulatório, reduzindo a burocracia para fazer investimentos.” 

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