Procura por crédito rural em Minas Gerais aumenta 20%

Crescimento se deve a boa safra 2010/2011 em produção e rentabilidade no mercadoA boa safra 2010/2011 em produção e rentabilidade no mercado tem como reflexo novos investimentos para a próxima safra. Na prática aumentou a procura por crédito dento das linhas de financiamento do plano de safra para custeio e investimento. Minas Gerais apresenta crescimento no volume de recursos liberados até agora.

Os projetos para custear lavoura e pecuária e novos investimentos na propriedade se concentram de julho até dezembro. É a busca pela liberação de credito rural. Em Minas Gerais já foram aprovados nos últimos três meses mais de R$ 1,2 bilhão para os produtores mineiros, 20% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Minas Gerais vem crescendo no número de operações de crédito rural. Em 2010 pulou de sexto para segundo Estado que mais fechou contratos através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Este ano parece que os produtores mineiros estão ainda mais motivados.

Na prática o crédito está se mostrando mais acessível. Foi o que constatou o produtor rural de primeira viagem, Nilo Marra. Ele arrendou uma fazenda que estava parada há 11 anos. Teve que dar o pontapé inicial, e só depois entrou no banco para pedir crédito.

Nilo está fechando o orçamento com todo cuidado para não estourar o limite da linha de investimento que é de R$ 130 mil dentro do plano de safra. Vai estruturar a parte de ordenha, comprar mais 27 vacas e completar o projeto de produção leiteira.

Na grande novidade do plano de safra deste ano, o crédito para Agricultura de Baixo Carbono, a produtora rural Maria de Fátima Archanjo Sampaio consolida a ideia da sustentabilidade. Ela já tem um financiamento de R$ 400 mil que fez junto ao BNDES para integrar lavoura, pecuária e floresta que agora entra no perfil desta nova linha visando a preservação ambiental. Está produzindo mil litros de leite com quatro hectares de pastagem. A produtora ficou motivada com a mudança nas políticas agrícolas do governo.