? Alterar o território significaria submeter os índios a uma situação de confinamento. Teríamos tudo, menos o território como meio de expressão de vida daquele povo ? afirmou Deborah ao participar de audiência pública promovida pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.
Segundo ela, o debate sobre a homologação da área de 1,7 milhão de hectare em Roraima é marcado por argumentos “preconceituosos, racistas e intolerantes” por parte de quem considera os índios incapazes de defender a soberania do país.
? Não há base empírica para se dizer que há um projeto de nação indígena ? criticou a coordenadora da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, ligada a temas relativos aos povos indígenas e outras minorias étnicas.
A procuradora ressaltou que os povos indígenas são os maiores produtores de gado do estado de Roraima e deveriam ser contemplados em programas estaduais de desenvolvimento econômico.
Deborah lembrou que os índios esperam pelo reconhecimento da Raposa Serra do Sol há 34 anos e foram envolvidos historicamente em uma disputa desigual.
? É absolutamente desleal e desequilibrada a disputa. Os arrozeiros contam com poder político local e usaram disso por muito tempo para legitimar sua atividade naquela área ? concluiu.