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Produção agrícola mundial triplicou nos últimos 50 anos, aponta estudo da FAO

Apesar de crise, valor agregado da agricultura aumentou 4% no mundoA produção agrícola mundial triplicou nos últimos 50 anos, principalmente devido a maior produtividade por unidade de terra e intensificação dos cultivos. É o que afirma a edição 2013 do Anuário Estatístico da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), lançado na última quarta, dia 18, durante a reunião ordinária da Conferência da FAO, que acontece entre 15 e 22 de junho, em Roma, na Itália.

O anuário apresenta novidades sobre a contribuição da agricultura para o aquecimento global, tendências no que se refere à fome e desnutrição e a situação da base de recursos naturais da qual depende a produção mundial de alimentos.

Segundo o relatório, a agricultura, favorecida pelos altos preços das commodities, tem demonstrado resiliência durante a crise econômica global. Em 2010, o nível de valor agregado da agricultura em nível mundial aumentou 4%, em contraste com um crescimento de 1% no PIB global.

Após uma década de menor crescimento nos anos 1990, o gasto público mundial com pesquisa e desenvolvimento agrícola aumento fortemente de US$ 26,1 bilhões no ano 2000 para US$ 31,7 bilhões em 2008. A maior parte desse aumento foi impulsionado pelos países em desenvolvimento: China e Índia foram responsáveis por quase metade desse crescimento, mas outros países – entre eles, o Brasil e a Argentina – também aumentaram significativamente seus gastos públicos em pesquisa e desenvolvimento agrícola.

Ainda, a produção de cereais ocupa mais da metade da área cultivada mundial e é a mais importante fonte de alimentos para consumo humano. Das 2,3 toneladas de cereais produzidos a cada ano, um bilhão é destinado ao consumo humano, 750 milhões de toneladas são usadas para alimentação animal e 500 milhões de toneladas são ou processadas pela indústria, usadas na alimentação ou desperdiçadas.

Agropecuária e efeito estufa

Segundo o relatório, a emissão de gases de efeito estufa na agricultura cresceu 1,6% ao ano durante a década iniciada no ano 2000, com o total geral do setor em 2010 chegando a 5 bilhões de toneladas de equivalente de dióxido de carbono (CO2eq, uma medida usada para comparar e agregar diferentes gases do efeito estufa). Isso equivale a 10% de todas as emissões de gases do efeito estufa antropogênicas.

Dentre os vários setores agrícolas, as atividades pecuárias e o uso de fertilizantes sintéticos são os maiores contribuidores. Isso não inclui as emissões causadas pela mudança do uso da terra e incêndios florestais.

Fome e desnutrição

Segundo os dados da FAO, quase 870 milhões de pessoas, ou 12,5% da população mundial, estavam desnutridas no período 2010/2012, a grande maioria delas (852 milhões) vivendo nos países em desenvolvimento.

A situação é mais preocupante na África onde, entre 2005 e 2011, um de cada quatro países africanos reportou uma taxa de atraso no crescimento de pelo menos 40%, percentual também registrado no Sul e Sudeste da Ásia, sobretudo na Índia, na República Democrática do Lao, no Nepal e no Timor Leste.

Os países africanos também apresentaram as mais altas taxas de prevalência de peso abaixo do normal. Durante o período analisado, 16 países africanos mostraram taxas de peso abaixo do normal de até pelo menos 20%, com os níveis mais altos sendo verificados na região do Chifre da África (Somália, Etiópia, Djibouti e Eritreia).

Publicado anualmente, o Anuário Estatístico da FAO é um compendio oficial de dados sobre as principais tendências no contexto global da alimentação e agricultura na atualidade.

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