Realizada desde 2005, a Feira já se tornou uma referência no município e um importante canal de comercialização para as famílias que, em pequenas propriedades, beneficiam ou transformam alimentos.
A feira reúne produtores que participam do Projeto Desenvolvimento das Agroindústrias do Noroeste do Paraná, uma iniciativa que oferece um leque de soluções para garantir a eficiência no processo produtivo e a conquista de novos mercados.
No projeto, os produtores recebem orientações para promover negócios, fortalecer a organização das agroindústrias em redes de cooperação do setor de agronegócios, auxílio para agregar valor aos produtos primários e, ainda, orientações para aperfeiçoar as áreas de gestão, comercialização e acesso à tecnologia.
O consultor do Sebrae Paraná em Maringá, Joversi Rezende, avalia que as ações do Projeto ampliaram as oportunidades para as agroindústrias familiares.
? Fazendo uma retrospectiva, no início dos trabalhos, esses produtores não tinham atuação de mercado. Hoje, com as capacitações e orientações, eles conquistaram clientes e as feiras são importantes canais de comercialização ? diz Rezende.
Ainda de acordo com o consultor, a importância de manter um alto nível de qualidade na produção também foi um fator que motivou os produtores.
? Realizamos uma etapa do projeto com o foco em implantar Boas Práticas de Fabricação e que teve uma excelente procura. O produtor está buscando cumprir a legislação e atender as exigências do mercado, a fim de garantir qualidade mínima ao consumidor final ? observa.
Segundo Rezende, os produtores de pequenas agroindústrias de Maringá e região têm manifestado interesse em aderir à proposta para trabalhar a qualidade da produção, já que avaliam como uma exigência de mercado e, portanto, crucial para a sobrevivência do pequeno negócio.
Há oito anos, a família de Rafael Marques da Silva Lopes produz biscoitos, um tipo específico de produção artesanal de rosquinhas de cachaça, como o produtor define.
? Há quatro anos participamos da Feira como uma forma de ter um contato direto com o consumidor final e fazer contatos com clientes como mercados e mercearias ? diz Rafael Lopes.
O produtor conta que as orientações do Projeto auxiliam a tornar mais eficiente o processo de produção, que envolve seis pessoas da família e oito funcionários, e, consequentemente, a comercialização dos produtos.
? Recebemos consultorias e participamos do Boas Práticas de Fabricação e isso ajudou bastante. Na Feira, os produtores têm a oportunidade de, além de divulgar a sua produção para os visitantes, também trocar experiências com outros produtores sobre aspectos que envolvem qualidade e vendas ? observa o consultor do Sebrae Paraná.