A chuva atrasou a colheita da soja no Estado e pelo menos 15% das lavouras ainda não foram colhidas. Na mesma época do ano passado, as máquinas já haviam avançado sobre quase 90% das plantações. Segundo o Imea, o atraso comprometeu o cronograma de outras culturas, como o algodão safrinha.
O algodão segunda safra representa 68% por cento da pluma plantada em Mato Grosso, de acordo com o instituto, e é geralmente cultivado após a colheita da soja. Diante do excesso de chuvas e da janela apertada para o plantio, porém, alguns agricultores desistiram das lavouras da oleaginosa. Na cidade de Campo Verde (MT), algumas plantações de algodão chegaram a ser semeadas por cima da soja.
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Além do clima desfavorável, os preços atrativos de outras culturas também influenciaram na hora do plantio do algodão. Em Mato Grosso, a área cultivada com algodão perdeu mais de 270 mil hectares nesta safra. A previsão é de que as lavouras produzam 614 mil toneladas, contra 1,089 milhão no ciclo anterior, uma quebra de quase 44%.
Apesar disso, a associação dos produtores acredita em um cenário de recuperação para o produto. Prova disso é a recente valorização dos preços pagos pela pluma, que acumularam alta de 30% desde o início do ano.
