Se o clima colaborar, serão 10 milhões de toneladas na próxima década ? crescimento de 23,6%. O Estado responde por 64% da produção nacional do cereal.
O vice-presidente de mercado, política agrícola e armazenagem da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado, Marco Aurélio Tavares, critica a projeção.
? Não tem como fazer uma previsão tão longa e sem dados fundamentados, pois o setor depende de situações mercadológicas e climáticas. Além disso, os produtores estão enfrentando a pior crise dos últimos 30 anos ? afirma.
Conforme levantamento de preço da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), na semana de 6 a 10 deste mês, o preço pago ao arrozeiro tem ficado na média de R$ 18,96 a saca de 50 quilos, abaixo do custo de produção estimado pelo segmento em R$ 29.
Tavares também destaca que é grande o percentual de arrozeiros que deverão reavaliar o seu negócio, pois não podem trabalhar no prejuízo.
? Nenhum produtor poderá fazer uma previsão de uma década, sendo que não sabe nem o que irá acontecer no próximo ano ? salienta.
Em nível nacional, os números mostram que os grãos e as carnes são as principais apostas do Brasil para ampliar a produção e as exportações de alimentos nos próximos anos.
? Queremos ser o primeiro fornecedor para o mundo ? destacou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.