De acordo com o órgão, a queda é resultado da bienalidade do café arábica, que está em ano de baixa produção. A safra de arábica 2011/2012 está estimada em 34,7 milhões de sacas, 17% menor em relação ao ciclo anterior. Apesar disso, segundo o USDA, a boa florada, associada ao clima favorável e bons tratos culturais às lavouras, deve garantir uniformidade e qualidade dos grãos.
A produção de robusta deve aumentar para 14,5 milhões de sacas, crescimento de 1,8 milhões de sacas em comparação com as estimativas anteriores. O Espírito Santo deve colher uma boa safra de robusta, favorecida pelo clima e uso de irrigação, informa o USDA.
O escritório informa ainda que um bom volume de café arábica lavado será colhido este ano, como em 2010 (entre 4 milhões e 5 milhões de sacas), o que deve ser suficiente para garantir o espaço ocupado no mercado internacional, tirado de concorrentes como Colômbia e países da América Central.
O USDA comenta que a pesquisa foi realizada por meio de viagens a campo nas principais áreas produtoras. Foram visitadas as regiões produtoras dos Estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo, entre janeiro e fevereiro passado, para observar o desenvolvimento vegetativo. Informações sobre outros Estados produtores foram obtidas de fontes do governo, secretarias estaduais de Agricultura, associações de produtores, cooperativas e comerciantes.
Na terça, dia 10, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou que a produção brasileira de café este ano deve alcançar 43,54 milhões de sacas de 60 quilos, representando queda de 9,5% em comparação com as 48,09 milhões de sacas colhidas em 2010. De acordo com a Conab, a maior redução se dará na produção de café arábica, com queda de 12,6% (4,64 milhões de sacas). O arábica representa 73,9% da produção do país (32,18 milhões de sacas). Para a produção do robusta (conillon), a previsão indica um crescimento de 0,8%, ou seja, 90,7 mil sacas. O produto participa com 26,1% (11,36 milhões de sacas).