O avanço da irrigação na cafeicultura impressiona: foi de 10 mil para mais de 240 mil hectares em 12 anos, o que representa 9% do parque cafeeiro e responde por 25% da produção nacional. A irrigação mudou a geografia do café brasileiro.
No Cerrado mineiro, não depender da chuva foi a salvação no inicio da década de 80. O produtor José Valentim Barbieri viu os vizinhos indo embora por causa da seca e já estava com as malas prontas quando resolveu investir no café irrigado. Ele recuperou o investimento em quatro anos e dobrou a produtividade.
A média nacional de produtividade no grão é de 24 sacas por hectares na região. Por causa da irrigação, passa das 35 sacas, tornando-se referência. A tecnologia adotada no local ajudou na implantação da cafeicultura no oeste bahiano.
A Fenicafé ajuda na divulgação de novas tecnologias. O produtor Glauber de Castro acompanhou todas as edições do evento e levou o conhecimento para a Bahia, onde tem hoje 400 hectares em Luis Eduardo Magalhães.
A feira, que termina nesta sexta, dia 26, tem espaço para as principais empresas fornecedoras de máquinas e implementos para a cafeicultura. Os produtores estão cada vez mais tecnificados para enfrentar a nova realidade do setor, que precisa de alta produtividade e baixo custo.