? Começamos a cultivar canola em 18 hectares e fomos destinando, a cada safra, mais espaço para a cultura ? comenta Sartori, que tem a produção destinada à BS Bios.
Com 31,5 mil hectares cultivados no Estado, segundo a Emater, a oleaginosa cresce como rentável alternativa ao trigo na safra de inverno e como matéria-prima para biocombustível. Segundo o secretário de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, a produção gaúcha para o combustível verde já estaria agregando ao ICMS algo entre R$ 120 milhões e R$ 130 milhões. A expectativa de produtividade para esta safra de canola é de 1,7 tonelada por hectare, 12,6% a mais do que a anterior, de acordo com dados da entidade.
? A vantagem da canola é que temos mais tranquilidade na comercialização, a procura das empresas é grande. Para o futuro, esperamos cultivar de 50 a 60 hectares em nossa propriedade ? comenta Sartori.
Somente a BS Bios, que atua em cerca de cem municípios da região de Passo Fundo, espera alcançar 15 mil hectares nesta safra, 30% a mais do que a passada. Para isso, a empresa conta a participação de cerca de 400 produtores.
? Nossa demanda ainda é maior, de 200 mil hectares. O plano da empresa é manter o crescimento de aproximadamente 30% ao ano de área cultivada ? afirma Fábio Junior Benin, vice-presidente administrativo da Associação Brasileira dos Produtores de Canola (ABrasCanola) e coordenador de fomento da BS Bios.
Para o especialista, a preocupação é com o atraso em cerca de 20 dias no ciclo de desenvolvimento da planta, devido à chuva e à baixa luminosidade.
? Somente depois da colheita, as possíveis perdas na produção poderão ser avaliadas ? explica Benin.
O preço não corre risco de variação, segundo o especialista. A rentabilidade da cultura para a safra, de acordo com a Emater, deve variar de R$ 44 a R$ 46.