Segundo Pádua Rodrigues, a queda no processamento deve-se à estiagem, que reduziu a disponibilidade de cana ao longo do ano. O tempo seco também levou a uma queda acumulada de 7,26% na produtividade agrícola do setor, em relação à safra passada.
No acumulado da safra 2010/11, a moagem de cana ficou em 543,6 milhões de toneladas, representando crescimento de 8,8% em relação às 499,4 milhões de toneladas verificadas no mesmo período de 2009/10. No entanto, na segunda quinzena de novembro a moagem ficou em 18,4 milhões de toneladas, uma queda de 27,95% sobre o mesmo período do ciclo anterior. Isso significa uma desaceleração do ritmo de processamento da cana, em virtude da pouca disponibilidade de matéria-prima.
Até o fim de novembro, 138 unidades já haviam finalizado a moagem da cana, um número muito superior às 25 unidades registradas no mesmo período do ano anterior. Até o fim de dezembro, 297 unidades já devem ter desligado as caldeiras.
A produção de açúcar acumulado na safra 2010/11 até 30 de novembro ficou em 33 milhões de toneladas, alta de 20,35% sobre o mesmo período do ano passado.
A produção de etanol subiu 14% no período, para 24,7 bilhões de litros. Desse total, 17,5 bilhões de litros foram de hidratado (mais 10,2%) e 7,2 bilhões de litro foram de anidro (mais 24,6%). No acumulado da safra, o mix de produção deve ser 55% de cana direcionada para etanol e 45% para o açúcar. Na safra anterior, esses índices foram de, respectivamente, 56,3% e 43,7%.