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A fabricação de cerveja recuou 12,3% no período, passando de 1,197 bilhão de litros em março para 1,049 bilhão de litros no mês passado. Ante abril de 2013, há uma alta de 14,9%. De janeiro a abril, o aumento é de 11,5%, passando de 4,278 bilhões de litros no ano passado para 4,772 bilhões de litros em 2014.
Em refrigerantes, o Sicobe aponta uma fabricação de 1,177 bilhão de litros em abril, queda de 12,1% ante a de 1,340 bilhão de litros de março. Frente a abril de 2013, há uma queda de 3,2%. A produção da bebida nos primeiros quatro meses do ano totalizou 5,197 bilhões de litros, 1,2% a mais do que a de 5,137 bilhões de litros do mesmo período de 2013.
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Mais impostos
Nesta semana, o governo federal anunciou um novo aumento de impostos sobre o segmento de bebidas frias, o segundo em menos de um mês. Na última terça, dia 29, o governo anunciou que, a partir de 1º de junho, serão corrigidas as tabelas de preços que servem como base para a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins sobre bebidas frias.
No início de abril, a Receita Federal já havia mudado o multiplicador que incide sobre os preços da tabela usada como base para o cálculo dos tributos de cervejas, isotônicos e energéticos.
Para os analistas do J. Safra, Alan Cardoso e Leonardo Olmos, em relatório, o aumento fiscal recentemente anunciado é “uma questão preocupante” para a Ambev.
– Em nossa visão, pode haver potencial de desvalorização para o papel (com queda acentuada de 5,01% desde o anúncio), caso a companhia anuncie não repassar o aumento tributário até 1º de junho (quando deve entrar em vigor) – explicaram os especialistas.
Em nota, a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (Cervbrasil) afirmou que caso o novo reajuste seja mantido, a carga tributária das bebidas frias, que já estava entre as maiores do mundo, terá sofrido aumento superior a 30% desde abril de 2013, quatro vezes acima da inflação geral no período, e três vezes maior que a específica do setor.
De acordo com a Cervbrasil, o setor representa 3% do PIB brasileiro e fez aportes de mais de R$ 22 bilhões no país nos últimos três anos, gerando três milhões de empregos, diretos, indiretos, induzidos, desde o agronegócio até o pequeno varejo.