Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Produção de soja deve ser de 97,5 mi de toneladas, diz consultoria

Consultoria aponta estoques finais de 1,21 milhão de toneladas, contra 800 mil toneladas no ciclo passado

A INTL FCStone estima produção de soja 2015/2016 no Brasil de 97,51 milhões de toneladas, abaixo da projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 100,93 milhões de toneladas, e das estimativas de outras consultorias do mercado.

– Visitamos diversas regiões produtoras e não sei de onde se poderia tirar mais soja para chegar aos 100 milhões de toneladas previstos por outras empresas; teremos uma safra recorde, mas abaixo deste patamar – diz a coordenadora da área de Inteligência de Mercado da INTL FCStone, Natália Orlovicin.

As exportações da oleaginosa se manterão firmes em relação à safra passada, quando foram exportadas 54,32 milhões de toneladas, e chegarão a 54 milhões de toneladas, na projeção da INTL FCStone. A Conab projeta vendas externas de 56,75 milhões de toneladas.

Desta forma, os estoques finais do produto continuarão apertados. Enquanto ao final da temporada 2014/2015 o estoque ficou em 800 mil toneladas de soja, nesta temporada o volume deverá ser de 1,21 milhão de toneladas – mesma projeção da Conab.

A analista da INTL FCStone comentou ainda sobre a perspectiva de menor produtividade no Brasil na temporada atual, em comparação à passada. Segundo Natália, o Matopiba (região que compreende parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) será o mais prejudicado pelas precipitações abaixo do normal em quase todo o período. A estimativa é de que nestes estados a colheita média seja de 2,27 toneladas de soja por hectare, abaixo das 2,86 t/ha na temporada 2014/2015.

A produtividade no estado de Mato Grosso também deve ser menor neste ciclo na comparação com o anterior. A estimativa é de colheita de 2,92 toneladas por hectare, abaixo das 3,14 t/hectare em 2014/2015.

A INTL FCStone informou também ter havido expansão de 3% da área plantada com a oleaginosa em todo o país, com ampliação especialmente em Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. Em Mato Grosso, a área cultivada com soja chegou a 9,226 milhões de hectares, contra 8,935 milhões no ciclo passado; no Rio Grande do Sul, 5,380 milhões, em comparação aos 5,225 milhões de hectares do ano passado; e no Paraná, 5,405 milhões, ante 5,249 milhões em 2014/2015.

Banco Pine

O banco Pine reduziu a sua estimativa para a produção de soja na safra 2015/2016 do Brasil de 98 milhões para 97 milhões de toneladas, próximo ao projetado pela FCStone. Na comparação anual, o novo número ainda representaria aumento de 0,9%, justificado pela expansão de 3,6% da área ante o ciclo anterior. O rendimento médio deve ser 2,6% menor.

Segundo o analista Lucas Brunetti, que assina o relatório divulgado pelo banco, as projeções de produção oscilaram muito ao longo da temporada, primeiro por causa da estiagem em Mato Grosso e depois devido aos fortes rendimentos do início da colheita. Agora, pesa a queda generalizada na produtividade no período final da safra.

– Neste ano, o clima apresentou várias anomalias, por causa do El Niño forte – destaca Brunetti, ressaltando as condições mais secas do que o normal no Centro-Oeste e no Matopiba, e o maior volume de chuvas no Sul.

Os rendimentos agrícolas, que começaram a temporada muito acima do esperado, tendo em vista o clima adverso, recuaram com a proximidade do fim da colheita. O banco espera a maior queda de produtividade no Matopiba, com média de 36 sacas por hectare. Já as áreas de maior produtividade do país devem ser Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, que, ainda assim, deverão ter rendimentos abaixo de 55 sacas/ha, segundo o Pine.

Brunetti ressaltou que, comparando os prêmios de exportação do Brasil (porto de Paranaguá) com os norte-americanos (golfo do México), os brasileiros estão mais altos. “Essa é uma realidade fora da normalidade, pois significa uma perda da competitividade da soja brasileira. Esse cenário não é condizente com um crescimento expressivo na produção brasileira.” O analista afirmou que, neste momento do ano, os prêmios para a soja do país deveriam estar próximos das mínimas, por ser o pico das exportações, e ponderou que este é outro indicador de que a safra brasileira não deve ser tão grande quanto o mercado espera.

Com informações de Estadão Conteúdo

>>> Veja mais notícias sobre soja

Sair da versão mobile