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Produção de etanol aumentará escassez de milho em Santa Catarina

Setor teme que a utilização do grão para produção de combustível aumente a demanda de ração das cadeias produtivas de carneA instalação de usinas de processamento de milho para produção de etanol no Centro-Oeste brasileiro preocupa a agroindústria catarinense. Segundo o diretor geral da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo De Gouvêa, a escassez de milho em Santa Catarina pode inviabilizar a produção industrial de aves e suínos.

O dirigente lembra que o Estado é um grande e eficiente produtor de carnes de frango e de suínos. O insumo fundamental para a operação dessas gigantescas cadeias produtivas – avicultura e suinocultura –  é a ração, elaborada basicamente a partir de milho.

A produção estadual não é suficiente para atender às necessidades das cadeias produtivas de aves e suínos. Por isso, as agroindústrias buscam, a cada ano, cerca de três milhões de toneladas do grão no centro-oeste brasileiro. O alto custo do frete vem ameaçando a competitividade do setor, pois a saca de milho que custa entre R$ 11 e R$ 13 no Centro-Oeste, chega ao sul a R$ 26 em território catarinense e R$ 28 no Rio Grande do Sul. A situação do Rio Grande do Sul, outro grande produtor de aves, é idêntica.

Gouvêa mostra que a escassez de milho e as  deficiências logísticas  se constituem em dois graves gargalos para o desenvolvimento dos setores em Santa Catarina.

– A adaptação de usinas para produção do etanol com o uso de milho e o crescente incentivo por parte do Governo de políticas para o aumento da exportação do milho, produzem impacto significativo na competitividade da Agroindústria. O setor transforma o milho em carne, agregando valor ao produto. Somos o Estado pioneiro na produção e na exportação de carne de frango, comercializando o alimento em mais de 150 países – diz.

De acordo com Gouvêa, as  agroindústrias catarinenses vem há tempo reivindicando junto ao Governo Federal a realização de mecanismos de apoio à comercialização do produto para garantir a oferta de milho com frete subsidiado.

O dirigente teme que a utilização do milho para produção de Etanol aumente a demanda pelo insumo e, dependendo da produção mundial e brasileira, afetará o custo de produção de aves e suínos no Brasil podendo abalar também a competitividade das agroindústrias. Entretanto, Gouvêa entende que tal situação poderá ser minimizada com uma política de incentivo ao comércio interno do grão e a curto prazo, de subsídio ao frete para os Estados que não são autossuficientes e produzem proteína animal.

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