Os produtores Edi Bersagui Aresi e Rosane Souza de Cunha plantam feijão há três anos em Caará, litoral norte do Estado. A família passou a vender o grão para escolas públicas da região. O feijão é utilizado na merenda escolar dos alunos. Os grãos selecionados com cuidado são importantes para agregar valor a mercadoria.
O trabalho na região ainda é feito de forma manual, mas é suficiente para garantir a renda de 500 produtores rurais. A possibilidade de ter a venda garantida para as escolas tem fortalecido a cultura. O bom preço pago ao produtor também é outro fator positivo que motiva as famílias a pertencerem na atividade.
Enquanto em outras regiões do Estado a área de plantio do feijão vem diminuindo nos últimos anos, na região está aumentando. Para a próxima safra, o município deve colher 600 toneladas do grão.
De acordo com a agrônoma da Emater, a possibilidade de uma segunda safra, além da rotação com outras culturas também contribuem para a produção continuar ativa na localidade. Para a próxima safra, no Rio Grande do Sul, são esperadas 69 mil toneladas, um incremento de quase 2% em relação ao ano anterior. O preço médio da saca, de 60 quilos, deve ser R$ 137. Um aumento de quase 30% do valor pago ao produtor, comparado com a safra passada.