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Produção de grãos da China sobe 4,5% em 2011

Colheitas de milho, arroz e trigo registraram altas no país asiáticoA produção de grãos da China cresceu 4,5% em 2011 para um recorde de 571,21 milhões de toneladas. Pelo oitavo ano consecutivo, o país registrou crescimento, impulsionado por uma safra de milho 8,2% maior. Os dados foram divulgados nesta sexta, dia 2, pelo Escritório Nacional de Estatísticas.

As informações da colheita de milho podem ajudar a aliviar as pressões inflacionárias na China, após os preços da carne suína terem subido nos últimos 12 meses devido, principalmente, ao aperto da oferta do grão. No total, foram 191,75 milhões de toneladas. O arroz cresceu 2,6%, com 200,78 milhões de toneladas, e o trigo, 2,4%, com 117,92 milhões de toneladas. Não houve projeção para a soja.

O Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China previu um declínio de 11% na produção da oleaginosa em 2011 e, assim como o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, projetou a colheita de milho em 184,5 milhões de toneladas. Já o Conselho de Grãos dos Estados Unidos e a consultoria Dalian Yigu Information Consulting Co. forneceram  estimativas ainda mais conservadoras, de 167 milhões e 171 milhões de toneladas, respectivamente.

Os preços do milho na China recuaram entre 10% e 15% desde que atingiram um recorde no final de setembro, mas o governo parece cauteloso quanto à estocagem de ofertas, iniciativa que pode elevar as cotações. A China National Grain Reserves Corp., ou Sinograin, está operando discretamente no nordeste do país, maior região produtora de milho, de acordo com traders.

A estatal chinesa, no entanto, se tornou mais ativa no mercado global do grão em 2011, com a contratação de importações dos Estados Unidos, que teriam somado mais de 4 milhões de toneladas até agora. A Sinograin confirmou apenas ter comprado em março 1 milhão de toneladas.

Nos últimos meses, o índice de preços ao consumidor chinês desacelerou depois de ter alcançado em julho o maior nível em três anos, de 6,5%. O indicador caiu em outubro para 5,5%, após o país ter adotado um conjunto de medidas para combater a inflação.

Agência Estado
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