As culturas que mais sofreram com os impactos climáticos, até agora, são o milho total, com 14,2% a menos (de 58,6 milhões para 50,3 milhões toneladas) e a soja, com queda de 4,7% (de 60 milhões para 57,2 milhões de toneladas).
Segundo o presidente da Conab, Wagner Rossi, a queda na produção, porém, não afetará o abastecimento interno.
? Apesar da diminuição, a produção atual é a segunda maior da história e se mantém em um patamar confortável, não comprometendo o abastecimento interno ? adianta.
Apesar da queda na produção total, alimentos básicos como arroz e feijão devem ter crescimento. O feijão total subiu 1,9% (3,521 mil para 3,588 mil toneladas) e o cereal 2,5% (12 mil para 12,356 mil toneladas). Os motivos são os preços atrativos da leguminosa praticados na época de plantio e o cultivo da maior parte do arroz em áreas irrigadas, que é menos susceptível às mudanças climáticas. Uma pequena redução da lavoura foi detectada no litoral catarinense, por causa do excesso de chuva nos últimos dois meses.
No que se refere à colheita na região Centro-Sul, que detém maior volume produtivo, a soja, o arroz e o milho primeira safra estão no início do processo, que segue até o mês de abril. Já o feijão primeira safra está totalmente colhido em São Paulo e em fase adiantada nos demais Estados. O algodão começa a ser colhido em março e vai até setembro.
A área total plantada também cresceu 0,9% sobre os números do ciclo passado, saindo de 47,4 milhões de hectares para 47,8 milhões de ha. A expansão ocorre, principalmente, nas lavouras de trigo, feijão, soja e arroz. Já as áreas de algodão e milho primeira safra encolheram 20% e 3%, respectivamente.
Esta edição da pesquisa foi realizada por 52 técnicos da estatal, no período de 19 a 23 de janeiro, junto a representantes de entidades rurais públicas e privadas no Centro-Sul e nos Estados do Piauí, Maranhão, Bahia, Rondônia e Tocantins.