– Por todo o lugar se percebe um ânimo nos produtores, superando a expectativa em termos de produtividade. Eu estou confiante que se consolide os 193,6 milhões de toneladas, com a possibilidade de 195 milhões de toneladas – disse o ministro da Agricultura, Neri Geller.
Segundo o relatório, houve um incremento de cerca de 2,3 milhões de toneladas em relação a pesquisa do mês passado, devido à recuperação das lavouras de milho primeira e segunda safras, feijão terceira safra e trigo. Em termos percentuais, o trigo é destaque também no levantamento, apresentando um incremento de 33,4% (mais de 1,8 milhão toneladas), atingindo 7,37 milhões de toneladas. O feijão total cresceu 32,3% (907,4 mil toneladas), chegando a 3,71 milhões de toneladas.
Apesar da recuperação do milho, os dados indicam a safra total (primeira e segunda safras) deve apresentar queda de 4,4% em relação à safra 2012/2013, para 77,89 milhões de toneladas. A safra de soja deve crescer 5,6% na mesma base de comparação, para 86,05 milhões de toneladas.
A Conab prevê, ainda, que a safra de algodão em pluma vai crescer 27,6%, para 1,67 milhão de toneladas. Já a safra de arroz deve registrar alta de 3,6%, para 12,25 milhões de toneladas.
O volume de produção esperado é 4,9 milhões de toneladas maior do que as 188,7 milhões de toneladas de 2012/2013.
– Estamos com perspectiva de que a previsão do ministro pode se confirmar em levantamentos posteriores, com a retomada do milho – considerou o presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos.
O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Intini, avaliou que a retomada do clima foi favorável especialmente para a recuperação do milho, cuja previsão agora é de um total de 77,88 milhões de toneladas – a projeção é de crescimento de 3,6% ante a previsão de abril, após a melhoria do clima na segunda safra do grão, o representa 2,7 milhões de toneladas a mais.
– A expectativa para toda a segunda safra é de clima favorável até agosto – disse.
• Acesse o levantamento da Conab
Área
O total destinado ao plantio de grãos deve chegar a 56,9 milhões de hectares, com uma alta de 6,2% se comparado à área de 53,6 milhões de hectares da última safra. A soja cresce 8,5%, passando de 27,7 para 30,1 milhões de hectares. Outras culturas que ampliaram a área foram trigo (18,4%), arroz (0,2%), feijão total (11%), algodão (23,3%), mamona (16,9%), girassol (105,8%) e amendoim total (8,1%).
Em maio, IBGE prevê safra 2,2% maior que a de 2013
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A quinta estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE) totalizou 192,3 milhões de toneladas, superior em 2,2% à safra de 2013 (188,2 milhões de toneladas), e 0,7% acima da previsão de abril. A estimativa da área a ser colhida em 2014 (56,1 milhões de hectares) cresceu 5,9% frente à área colhida em 2013 (53 milhões de hectares) e 0,6% em relação ao mês anterior (55,8 milhões de hectares). Arroz, milho e soja são os três principais produtos deste grupo, que somados representaram 91,0% da estimativa da produção e responderam por 85,0% da área a ser colhida. Em relação a 2013 houve acréscimos de 1,2% na área do arroz, 8,1% para a soja e decréscimo (-1,5%) na área do milho.
Estimativa de maio em relação a 2013
Milho: A produção esperada em 2014 é de 76,2 milhões de toneladas, com queda de 5,4% em relação a 2013. Os produtores deram preferência à soja no primeiro período de plantio, em função do preço mais compensador. Dessa forma, a queda da produção do milho primeira safra alcançou 9,2% em relação a 2013. A produção do milho segunda safra recua 2,6% em relação ao mesmo período de 2013.
Soja: A produção estimada do país em 2014 alcança 86,5 milhões de toneladas, aumento de 5,8% em relação a 2013. Os produtores investiram no plantio da leguminosa aproveitando-se do preço compensador praticado pelo mercado. Mato Grosso é o principal produtor de soja, participando com 30,5% do total nacional, seguido por Paraná com 17%, Rio Grande do Sul com 15,1%, Goiás com 10,2% e Mato Grosso do Sul com 7,3%.
Trigo: A produção de trigo está crescendo 36,5% em relação a 2013, devendo alcançar 7,8 milhões de toneladas, devido ao clima favorável no Paraná e no Rio Grande do Sul, principais produtores. A produção do Paraná cresce 112,3% em relação a 2013, quando o Estado sofreu com o clima frio e a ocorrência de geadas. As lavouras ainda encontram-se no início do ciclo e estão sujeitas às intempéries climáticas.
Algodão herbáceo: A estimativa de produção para 2014 é de 4,3 milhões de toneladas, crescimento de 27,6% em relação a 2013. Os produtores aumentaram a área plantada em 23,3% em decorrência do preço do algodão que reagiu e aumentou depois de dois anos de baixa.
Arroz: A produção estimada para 2014 alcança 12,3 milhões de toneladas, 4,8% maior que a de 2013. No Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do país (67,7% do total colhido), as áreas de cultivo não apresentam grande variação, já que são quase totalmente sistematizadas para a produção irrigada.
Café arábica: A produção de 1,98 milhão de toneladas prevista para este ano é 12,8% menor que 2013. Devido a característica bianualidade da cultura, a comparação mais adequada é com a safra de 2012, que também foi de alta. Nesse comparativo, a produção de 2014 está menor 13% ou 296.211 toneladas (4,94 milhões de sacas de 60 quilos). Não se deve atribuir essa queda de produção somente ao clima seco e quente, mas também ao longo período de preços baixos do café arábica.
Feijão: A estimativa de produção para 2014 é de 3,58 milhões de toneladas, aumento de 21,8% em relação ao ano anterior. Essa produção deverá ser suficiente para suprir a demanda interna do país que, segundo a Conab, gira em torno de 3,5 milhões de toneladas. O aumento da produção deve-se à melhora no preço da cultura.
Mandioca: A produção da mandioca está recuperando-se em 2014 em relação ao ano anterior, com crescimento de 10,1%. Estima-se uma colheita de 23,4 milhões de toneladas, com aumento de 11% na área plantada.
Sorgo: A produção de sorgo deve alcançar 1,85 milhões de toneladas, queda de 10,6% em relação a 2013. Esse cereal sofre concorrência do milho, que apresenta normalmente preços melhores.
• Acesse o estudo completo do IBGE
