O mesmo movimento foi verificado na comparação anual, interrompendo um ciclo de 28 meses de taxas positivas. Em relação a novembro de 2007, a produção da indústria brasileira sofreu um recuo de 6,2%, o mais intenso desde dezembro de 2001, quando houve queda de 6,4%.
De acordo com o documento do IBGE, essa desaceleração “evidencia um aprofundamento do ritmo de queda da atividade e um alargamento do conjunto de segmentos com decréscimo na produção”.
Na passagem de outubro para novembro houve retração em 21 dos 27 ramos pesquisados e em todas as categorias de uso. Segundo o instituto, os setores que mais influenciaram o resultado foram o de veículos automotores (-22,6%), máquinas e equipamentos (-11,9%), edição e impressão (-14,8%), indústrias extrativas (-10,9%) e metalurgia básica (-10,2%).
Entre as categorias de uso, os bens de consumo duráveis registraram a maior queda desde dezembro de 1997, com redução de 20,4%. Já a produção de bens de capital recuou 4%; de bens intermediários, 3,9%, e de bens de consumo semi e não-duráveis, 0,7%. No acumulado até novembro de 2008, a indústria acumula alta de 4,7% em relação ao verificado no período de janeiro a novembro de 2007. Nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 4,8%.