O bom momento da atividade é resultado de um longo trabalho de assistência técnica à comercialização da safra feita pela Cocamar e seus 550 citricultores associados.
O pomar carregado no Estado é sinônimo de lucro – situação bem diferente da encontrada em São Paulo, onde as frutas estão apodrecendo pela falta de compradores. O coordenador de Culturas Perenes da Cooperativa, Robson Ferreira, explica que um bom rendimento começa com 900 caixas por hectare.
Em alguns casos, como na propriedade do agricultor Cláudio Garbin, em Paranavaí, a colheita chega a 1,7 mil caixas de quarenta quilos por hectare. Ele conseguiu produzir três vezes mais do que os agricultores de São Paulo, líderes no cultivo da fruta.
O produtor João Pasquali, de Alto Paraná, segue as orientações da Cooperativa para obter um bom resultado na safra. Em sua área de 270 hectares, as árvores grevilhas cercam a plantação e funcionam como um muro natural, evitando que doenças como o cancro se espalhem com o vento. A utilização de equipamentos como o transbordo, a roçadeira e o pulverizador também ajudam para uma boa colheita. O produtor vende a caixa da fruta a um preço de R$ 6,50.
O cenário é tão favorável no Estado que tanto o produtor de Paranavaí como o de Alto Paraná devem ampliar a área plantada para o próximo ano.